O PSDB deve deixar o governo de Michel Temer, caso as denúncias contra o presidente se confirmem hoje (9) com o resultado final do julgamento da chapa Dilma-Temer, presidido pelo ministro Herman Benjamin do Tribunal Superior Eleitoral.
Segundo o senador tucano Ricardo Ferraço e Tasso Jereissati, o PSDB rompe com o governo, mas continuará a apoiar as reformas para o bem da sociedade.
Hoje os tucanos têm quatro ministérios, Bruno Araújo (Cidades) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores) são os ministros do PSDB que mais defendem a entrega dos cargos. Eles e os outros ministros Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Luislinda Valois (Direitos Humanos) já elaboraram suas cartas de demissão, para entregar ao presidente Temer. Há, porém, possibilidade de entregarem uma carta conjunta.
A decisão vinha sendo prorrogada desde a divulgação do áudio gravado pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, no qual Temer supostamente dá aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Já na segunda-feira (12), após a decisão do TSE, o presidente interino, senador Tasso Jereissati (CE) convocou uma reunião da Executiva Nacional para discutir os caminhos do PSDB no governo Temer. Não faltará na pauta, o destino dentro do partido do ex-senador afastado Aécio Neves. Participam também os líderes no Senado, Paulo Bauer (SC), e na Câmara, Ricardo Tripoli (SP).