Três dias após os alagamentos que destruíram imóveis, estabelecimentos, mercadorias e objetos, comerciantes de Sousas trabalham na tentativa de voltar à normalidade. A maioria deles ainda tira os destroços das lojas e busca recuperar o pouco que sobrou. Os prejuízos ultrapassam à casa dos R$ 52 mil, de acordo com os microempresários ouvidos pelo Jornal Local.
Com tudo ainda fora do lugar, a expectativa é que comércios como restaurantes só voltem a funcionar na próxima semana. Ainda alagada, a Subprefeitura do distrito não funcionou nesta segunda-feira (14). Documentos, computadores e móveis foram perdidos.
A saída é reconstruir a vida, relatou a comerciante de uma relojoaria, Rita Barbosa, de 48 anos. “A água chegou a um metro de vinte de altura. Pegou até o relógio de parede. Perdi várias coisas e peças de clientes que seriam consertadas. Fiquei perdida, cheguei a falar que iria fechar, mas é hora de trabalhar de novo”, disse Rita, que atua há seis anos no distrito. “Foi a primeira vez que vi uma enchente tão forte como essa. Não imaginei que entraria tanta água e barro”, contou.
Dono de uma pizzaria, Giulliano Ferrari, 38, afirmou ter tido prejuízo de R$ 17 mil entre mercadorias, falta de faturamento e avarias em móveis. “Não tenho como abrir devido ao cheiro de esgoto”, falou.
Encarregado da Subprefeitura, João Batista, 53, trabalha há 34 anos em Sousas. Ele disse nunca ter visto uma enchente semelhante a da última semana. “A Subprefeitura está fechada. Tá alagada ainda, perdeu computadores, cadeiras e documentos de vários anos. O alagamento dessa vez foi o pior”. Até mesmo a sala do subprefeito Wander Villalba está cheia de água e o armário revirado.
PREVISÃO
Segundo o Cepagri, nas próximas 72 horas, “predominarão as condições de sol com aumento de nuvens e pancadas de chuvas à tarde”.
O total de chuvas acumulado na estação meteorológica da Unicamp, nesta primeira quinzena de março é de 193,9mm, 13% acima da média esperada para todo o mês, que é de 171,2mm.