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quarta-feira, abril 30, 2025

Aos 37 anos, vice-prefeito vai ganhando mais espaço na política campineira

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Henrique também é músico, mas largou a noite, para chegar a Prefeitura de Campinas

O Jornal Local esteve no gabinete do vice-prefeito de Campinas, Henrique Magalhães Teixeira (PSB) para uma entrevista exclusiva, com o jovem, que vem se destacando no cenário da política campineira.

Há sete anos no cargo, ele declara que a cidade agora está caminhando para resolver seus problemas. Henrique também é músico, mas largou a noite, para chegar a Prefeitura de Campinas. Ele tem como meta fazer uma boa gestão pública.

Confira trechos da entrevista feita na quinta-feira (6) no gabinete.

Qual o motivo que o levou a trocar o PDSB pelo PSB?

O PSB em Campinas hoje tem uma militância muito forte, com intensa participação na política nacional e campineira.  Se relacionar com pessoas assim, é enriquecedor. Além disso, o partido tem a liderança do prefeito, que vem trabalhando, desde 2013, contribuindo para a aproximação do partido, principalmente na cidade de Campinas.

O motivo de sua saída foi causada por falta de espaço no PSBD em Campinas?

Existia espaço. O PSDB fez parte de meu passado, deixei amigos, e não seria aqui razoável discorrer por um partido que participei há tanto tempo. Meu pai foi um dos fundadores do PSDB Campinas. O partido naquele época, tinha um papel muito importante na sociedade campineira.

Sua saída do PSDB foi para preparar e lançar sua candidatura a prefeito, nas próxima eleição?

Não foi um momento eleitoral, e sim político. Eu acredito no PSB, porque apresenta um projeto mais consistente, não foi um movimento pensando eleitoralmente, não foi esse o caso.

O PSB tem nomes para lançar a prefeito em 2020?

Temos nomes que podem surgir. Como político, todas as portas estão abertas.

Você é o candidato do PSB?

Estamos numa eleição juntando forças, mas ainda não se pensou nisso. Essas candidaturas são frutos de pessoas, e nasce pela vontade do partido, e não da pessoa, o partido precisa querer. Ainda está longe para falarmos sobre isso.

No seu primeiro mandato, sua imagem era apagada, mas agora, o vice está se sobressaindo. Isso seria uma construção para o futuro?

É difícil projetar essa perspectiva.

Por que você não saiu como candidato a deputado?

Não sai candidato porque gosto do Executivo. Tem sido muito prazeroso terminar o segundo mandato como vice-prefeito. Preferi  apoiar os candidatos, que se colocaram à disposição como deputados.

Como você vê a Campinas de hoje? Nas questões culturais, na saúde, educação e segurança.

Acho que Campinas está num momento de recuperação, assim como todo o país, que está com dificuldades devido a crise da macroeconomia. Apesar da cidade ter sido afetada, está se saindo bem, mas é lógico que precisamos dar passos para se restabelecer. Campinas tem um ecossistema de empresas, tem logística, conhecimento, universidades, que por si ajudam muito no desenvolvimento da cidade. Estamos sendo procurados por organismos internacionais, interessadas em investimento na cidade. Um grupo dos EUA, mostrou interesse em Campinas, os chamados  ‘Smart city’. Pegamos o 4º lugar no ranking da ‘Urban Cities’, empresa que veicula dados nacionais, sendo que em 2015, estávamos em 21º lugar em tecnologias de cidades inteligentes.

Com dois mandatos, quais foram as maiores dificuldades? Já que a máquina pública é difícil de entender.

Existe uma frustração natural pela demora nos processos, principalmente quando se meche com dinheiro alheio. Há muita burocracia para resguardar o dinheiro publico, e muitas vezes, o tempo das coisas é mais demorado. Estamos trabalhando instrumentos mais interessantes, mas que ainda estão sendo elaborados, como por exemplo, as parcerias públicos privadas. Temos na área da habitação, um projeto da iniciativa privada para construções de moradias populares. A secretaria de Habitação (COHAB) está fazendo o levantamento das demandas sociais da cidade, cadastrou moradores, e reverteu a defasagem de moradias em 1,5%, coisa que não existia antes. A iniciativa é deste governo, que agiliza os processos, e não fica esperando os recursos do governo estadual e federal, que são os gestores das políticas de habitação.

O vice-prefeito atua em outras secretarias?

Acompanho a administração do governo, que é a função primordial do vice. É muito mais difícil olhar só para um setor, pois um vice que acumula cargo de secretario vai ter mais dificuldades. O nosso papel é exercido com excelência quando se tem um olhar mais amplo da administração.

Paralelo a isso, muitos secretários trouxeram áreas muito importantes e estratégicas para a cidade, como é o caso, do prédio orçado em 25 milhões, que a Prefeitura conseguiu que a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) doasse sem custo para o município. Ali, nós vamos construir uma policlínica, localizada na Avenida Francisco Glicério com a Rua Barreto Leme.

Outro caso, é a doação de um terreno de 300 mil metros quadrados, que é fruto de uma conversa política. Nesse terreno vamos construir  uma área de Ciência e Tecnologia, como a Ciatec – Cia de Desenvolvimento Pólo Alta Tecnologia Campinas.

Essa foi uma parceria com o SPU, governo estadual e federal e possibilitou essa conquista na área de tecnologia para a cidade. Já estamos no processo de construção da sede, que é um dos requisitos para a entrada na Centro de Precisão Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). Quando o prédio estiver pronto, a Ciatec será transferida para esse local.

E sobre a falta de remédio na cidade, o que você tem a dizer?

A questão da falta de medicamentos são problemas burocráticos. Hoje, falta apenas 13 medicamentos na cidade, a Sertralina de 50 ml. Não conseguimos comprar, abrimos a licitação, mas não apareceu nenhuma empresa interessada. Muitas vezes, a falta de remédio é problema de fornecimento. e por isso, há uma orientação aos médicos para receitar remédios alternativos. A falta de remédio são problemas que estamos nos debruçando para solucionar.

Existe o programa “Saúde em Ação” que faz o restauro dos prédios e a construção.  A AME Mais, a exemplo disso, reformou o Centro de Saúde de Joaquim Egídio. Há um critério de seleção dos Centros de Saúde, que estão mais deteriorados, e eles tem preferência na hora de reformar, com a ajuda do governo do estado.

Sobre a construção de um novo Centro de Saúde em Sousas vai sair essa obra?

Naquele local da praça, não pode ser feito nada, mas parece que há projeto para construir no Jardim Conceição. Precisamos aguardar.

Como fazer para atrair investidores para a cidade?

Para atrair investidores, é preciso estreitar relacionamentos com empresas e levar uma boa imagem de Campinas para fora do país.

Sobre o turismo na região? Há políticas para o desenvolvimento?

Os distritos tem um potencial muito grande e precisamos explorar o turismo rural, mas é necessário haver investimento, principalmente na recuperação da estrada da Bocaina e da estrada do Observatório Jean Nicolini. Há ainda, as trilhas, ainda a ser exploradas.  Recentemente implantamos 150 placas turísticas em uma área de 220 quilômetros. Na região temos 32 prédios históricos tombados pelo Condepacc, além do projeto “Céu Limpo”, que visa controlar a iluminação na região do Observatório.

E o meio ambiente? Como preservar com o avanço da urbanização?

A secretaria do Verde tem uma banco de áreas verdes. A construção da barragem e a recuperação das nascentes é um assunto polêmico. Há duas visões sobre o assunto, mas a segurança hídrica não pode ficar a mercê de outros interesses políticos. 

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