No acumulado de janeiro a abril de 2009, o Indicador Serasa Experian de Inadimplência de Pessoa Física apontou uma elevação de 10,8% na inadimplência dos consumidores, na comparação com o primeiro quadrimestre de 2008. A alta também é observada na variação anual (abril de 2009 sobre abril de 2008), com 8,9% de aumento.
Apesar das elevações, os técnicos da Serasa Experian apontam que tais crescimentos são menores que os observados em março último. No primeiro trimestre de 2009, na relação com o mesmo período de 2008, a alta foi de 11,4%, enquanto na variação de março de 2009 sobre março de 2008, o avanço foi de 16,6%. Contudo, apura-se que a inadimplência do consumidor está crescendo, porém em ritmo inferior ao registrado nesse início de 2009.
Para os analistas, o principal fato que ainda pressiona a inadimplência de maneira determinante é o desemprego em elevação, como consequência da crise financeira global e da menor atividade econômica doméstica. Além disso, o maior endividamento de parte da população, sobretudo no longo prazo, e a utilização intensiva do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito, criam problemas no equilíbrio do orçamento doméstico.
Já na relação de abril de 2009 sobre março, o indicador apontou uma queda de 9,5% na inadimplência das pessoas físicas. Foi o maior recuo registrado desde junho de 2006. No entanto, os especialistas atribuem a queda ao efeito calendário (foram 20 dias úteis em abril, contra 22 em março). Os técnicos ressaltam, ainda, que o mês de abril marca o fim do período mais crítico de despesas para o consumidor (IPTU, IPVA e despesas escolares).
Nos quatro primeiros meses de 2009, o ranking da inadimplência das pessoas físicas foi liderado pelas dívidas com os bancos, com 43,5% de participação no indicador. No mesmo período do ano anterior, esta representação foi de 43,1%.
Na segunda colocação do ranking, estão as dívidas com cartões de crédito e financeiras, que no primeiro quadrimestre de 2009 representaram 37,1% da inadimplência dos consumidores. De janeiro a abril de 2008, tal participação foi de 31,5%.
Em seguida aparecem os cheques devolvidos, com 17,5% de representação no indicador, nos quatro primeiros meses deste ano. Em 2008, em igual período, este percentual foi de 23,1%.
Fecham o ranking os títulos protestados, que de janeiro a abril de 2009 tiveram uma representatividade de 1,9%, abaixo dos 2,3% obtidos no mesmo acumulado do ano anterior.
Valor médio das dívidas
Nos quatro primeiros meses de 2009, o valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras foi de R$ 374,91, o que resultou em 13,5% de queda, ante o mesmo período de 2008.
Quanto às dívidas com os bancos, o valor médio obtido de janeiro a abril deste ano foi de R$ 1.333,15, com um recuo de 2,4%, na comparação com o primeiro quadrimestre de 2008.
Os títulos protestados, por sua vez, registraram um valor médio de R$ 1.042,81 nos quatro primeiros meses de 2009, representando assim um aumento de 14% sobre o mesmo acumulado do ano anterior.
Por fim, os cheques sem fundos, de janeiro a abril de 2009 registraram um valor médio de R$ 844,69, resultando em 32,6% de crescimento, se comparado com igual período de 2008.
Metodologia
O Indicador Serasa Experian de Inadimplência de Pessoa Física, por analisar eventos ocorridos em todo o Brasil, reflete o comportamento da inadimplência em âmbito nacional. O modelo estatístico de múltiplas variáveis considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com instituições financeiras e cartões de crédito e financeiras.
A Serasa Experian facilita mais de 4 milhões de negócios por dia, para cerca de 400 mil clientes diretos ou indiretos. Em 2007, a Serasa – criada em 1968 -, uniu-se à Experian Company, líder mundial no mercado de informações, trazendo para o Brasil a experiência de mercados mais maduros. Hoje a nova marca Serasa Experian ampliou a oferta ao mercado brasileiro com modernas e inovadoras ferramentas para apoiar seus clientes em todas as etapas, desde a prospecção até a cobrança.