Após a aposentadoria de vários delegados que passaram nos últimos meses no 12º Distrito Policial de Sousas, agora a Polícia Civil resolve nomear delegado provisório para substituir o Dr. Luiz Antonio Correa. A decisão foi publicada no Diário Oficial de São Paulo no dia 16, que traz o nome do novo delegado Rui Flávio de Carvalho Pegolo, que ficará 30 dias como titular na delegacia do distrito.
Rui Pegolo é delegado do Setor de Homicídios e Proteção às Pessoas (SHPP), em Campinas, e segundo ele, até que seja nomeado um delegado definitivo, ele ficará nessa dupla jornada diária e responderá pela delegacia e pelo setor de homicídios.
O delegado informou que pretende intensificar as investigações para identificar os autores dos furtos de gados, roubos às residências e condomínios que vêem acontecendo frequentemente na região.
Os últimos representantes em Sousas ficaram apenas oito meses na região. O último a sair por aposentadoria foi o delegado Dr. Luiz Antônio Correia da Silva, que retornou em março após tirar férias vencidas e se aposentou no dia 15 do mesmo mês.
Situação se agravada com a perda de efetivo
Os pedidos de aposentadoria de policiais civis de São Paulo tiveram uma explosão em dez anos e agravaram com a Reforma da Previdência, quando a idade máxima de aposentadoria de policiais passou a ser de 65 anos. Somente nesse ano, 1.260 escrivães, investigadores e delegados pediram desligamento por aposentadoria, mas a proporção de reposição não é na mesma escala, pois houve um encolhimento e envelhecimento da instituição. O mesmo levantamento aponta que 2.587 profissionais – mais de 12% do efetivo – já têm tempo suficiente para se aposentar.
Novas contratações
O impacto é agravado pela incapacidade do governo paulista em fazer contratações. Um concurso foi aberto, mas dos 2.301 candidatos aprovados, só 763 foram convocados, sendo que 49 são para delegados. De acordo com os dados da Polícia Civil foram contratados 763 profissionais e 1.538 foram aprovados em concursos, mas não há prazo para serem chamados.
Segundo a opinião de alguns especialistas, se não houver pronta intervenção do governo com nomeações de aprovados e abertura de novos concursos, a Polícia Civil terá decretado sua falência e pode ser extinta.
