A Defesa Civil de Campinas e a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) da Secretaria de Saúde realizaram na manhã desta quinta-feira, dia 6 de fevereiro, um treinamento sobre o Sistema de Informação em Saúde Silvestre (SISS-Geo). A capacitação ocorreu na sede da subprefeitura de Sousas e reuniu 15 líderes de bairros do Distrito.
O objetivo foi treinar os moradores para utilizarem a ferramenta e registrar a presença de animais silvestres vivos ou mortos. Por meio do SISS-Geo, é possível monitorar ‘eventos sentinelas’ que alertam para circulação de doenças que têm animais como hospedeiros.
“Essa atividade mostra o quão valioso é o papel da comunidade na vigilância em saúde. A vigilância participativa pode colaborar para que ações preventivas sejam realizadas de forma rápida e direcionada, garantindo a saúde da população”, destacou a coordenadora da UVZ, Marcela Coelho.
O coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, reforçou o papel da ferramenta para a vigilância participativa. “É muito importante que o morador de uma área considerada de risco faça essa vigilância e adote as primeiras providências. O SISS-Geo possibilita isso.
Furtado lembrou ainda a parceria que a cidade tem com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), gestora do SISS-Geo. Em 2023, Campinas foi considerada pela Fundação embaixadora do SISS-Geo no Brasil pelas contribuições à plataforma.
Participação da população
Morador do Jardim Conceição, em Sousas, o empresário Celso Jean Henrique falou sobre sua participação na capacitação. “Eles nos apresentaram um aplicativo que vai ser muito útil para a população de Sousas e Joaquim Egídio. Isso é muito importante para a população porque as vezes não temos a opção de onde correr e o que eles apresentaram para nós, hoje, é muito importante para o cidadão que mora aqui”, disse
“O trabalho que estamos fazendo aqui na região de Sousas com o aplicativo Siss-Geo tem importância fundamental na participação da comunidade na vigilância em saúde para a gente encontrar o animal, independente do local que esteja, no meio mato, numa fazenda, numa residência, na rua. Através do registro de animais mortos a gente consegue identificar onde aquele animal está e, com a sua localização a Zoonoses recolhe o animal morto e leva para fazer exames de algumas doenças”, relatou o técnico em Agropecuária da Zoonoses de Campinas, Vladson Barbi de Mello.
De acordo com Mello, o treinamento de hoje ajuda muito na localização dos animais silvestres e dos primatas para identificar mais rápido e mais cedo a circulação do vírus. Com essa identificação da circulação a Administração Municipal consegue tomar decisões e definir ações para impedir que a população seja infectada com o vírus. “A gente consegue, de certa forma, fechar com vacinação ou com orientação da população e impedir que outras pessoas fiquem doentes ou cheguem a óbito”, colocou.