Leishmaniose registra mais três casos na região
A presença da doença já foi confirmada em quatro cães no Residencial Colinas do Ermitage
No dia quatro de fevereiro foi divulgado em reunião no Residencial Colinas do Ermitage o resultado da Investigação de Foco feita por conta do registro de caso positivo de Leishmaniose Visceral Americana (LVA) na região. Foi realizada coleta de 196 amostras de sangue de cães, o que confirmou caso positivo para mais três entre os 11 animais que apresentavam sintomas da doença.
A região onde o Residencial Colinas do Ermitage está localizado é comprovadamente propícia à doença. Todos os casos de LVA na localidade estão ligados em um raio de 500 metros.
Segundo comunicado do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), transmitido aos moradores e proprietários do loteamento fechado durante a reunião, é a presença do reservatório (cão) e do vetor (Lutzomya longipalpis) que estabelece condições propícias à transmissão da doença, o que foi confirmado através da Investigação do Foco. Sendo assim, é de grande importância que sejam seguidas algumas medidas de controle para evitar a proliferação da doença, sendo estas dirigidas ao cão, ao meio ambiente e ao inseto transmissor.
Ao se tratar do cão, é recomendado o uso de coleiras impregnadas com deltametrina. Utilizadas para evitar a picada do vetor, tais coleiras tem sido a melhor alternativa para proteger o cão durante o período de quatro meses, quando o objeto deve ser trocado por um novo. A deltametrina não tem cheiro e apresenta alta segurança para o animal e para as pessoas que com ele convivem, portanto seu uso é altamente recomendável.
O inseto vetor (transmissor) vive, preferencialmente, ao nível do solo, próximo a vegetação e a umidade. Por essa razão a limpeza de matéria orgânica proveniente da poda de árvores (como folhas, galhos e frutos) deve ser feita regularmente.
Vale lembrar que o período de incubação da doença no cão varia de três a 18 meses, assim é possível que existam outros cães infectados com a doença, mas que ainda não foram diagnosticados.
Apesar de a Leishmaniose Visceral ser uma doença grave e em grande parte das vezes fatal, não é necessário pânico por parte da população. Basta que sejam seguidos os cuidados indicados para prevenção da doença.
Marcela Feriani
Medidas de Prevenção
Dirigidas ao CÃO:
– Utilização de coleiras impregnadas com deltametrina
– Limpeza regular de canis e abrigos
– Notificação ao CCZ de cães com sintomas da doença
– Notificação e encaminhamento ao CCZ de cães que vieram a óbito
Dirigidas ao MEIO-AMBIENTE:
– Remoção de matéria orgânica (folhas, galhos e frutos) proveniente da poda de árvores
– Destinação adequada de matéria orgânica
– Criação de aves em locais fechados com piso cimentado
Dirigidas ao VETOR:
– Uso de telas em portas em janelas
– Uso pessoal de repelentes




