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sábado, outubro 18, 2025
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PF explode esquema milionário: operação mira corrupção em emendas da antiga pasta comandada pela senadora Damares Alves

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Investigação apura fraudes em contratos de R$ 3,8 milhões no antigo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; ex-assessor de deputado é alvo

Por Sandra Venancio – Foto Tania Rego/Agencia Brasil

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19) a operação Kibali, contra suspeitas de peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro em contratos firmados pelo antigo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), durante a gestão da hoje senadora Damares Alves (Republicanos). Os convênios, voltados à formação profissional de mulheres e adolescentes, movimentaram R$ 3,8 milhões.

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A ofensiva da PF, autorizada pela Justiça Federal no Rio de Janeiro, cumpre dois mandados de busca e apreensão em residências de investigados. Embora a pasta fosse comandada à época por Damares Alves, a investigação não tem a senadora como alvo, já que a apuração se restringe a pessoas sem foro privilegiado.

https://twitter.com/DilmaResiste/status/1921923541521305726

O principal investigado é um ex-assessor do ex-deputado Professor Joziel (Patriota), responsável por indicar emendas parlamentares que abasteceram o Instituto de Desenvolvimento Social e Humano do Brasil (IDSH Brasil), entidade que firmou os contratos sob suspeita. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), que atuou em cooperação com a PF, houve fraude na celebração de dois termos de fomento com o ministério.

De acordo com os investigadores, o IDSH era administrado diretamente por pessoas ligadas ao gabinete do ex-deputado. A CGU apontou indícios de desvio de finalidade, simulação de despesas e sobrepreço na execução das atividades.

A operação recebeu o nome de Kibali, em referência a uma das maiores minas de ouro do mundo, numa alusão às emendas parlamentares que, segundo a PF, se transformaram em verdadeiras “minas de ouro” para quem as controlava.

Em nota, Damares Alves afirmou que, ainda em sua gestão, teria encaminhado as irregularidades detectadas ao controle interno do governo e à própria CGU, reforçando que sua equipe foi a primeira a identificar os problemas.

Com a investigação em curso, os próximos passos incluem a análise de documentos apreendidos e a quebra de sigilos bancários para rastrear a destinação dos recursos. Caso confirmadas as fraudes, os envolvidos poderão responder por peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, crimes que somados podem ultrapassar 30 anos de prisão.

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