Durante o ano de 2009 a clonagem e outros tipos de golpes levaram um prejuízo de pelo menos R$ 39.153.899,00 milhões ao mercado de cartões no Brasil. Esta soma representa 0,08% dos mais de R$ 444 bilhões faturados pelo segmento no ano passado com as modalidades crédito, débito, lojas e redes segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS).
A estimativa é da Horus, empresa especializada em controle e prevenção a fraudes em meios eletrônicos de pagamento. Para chegar a estes números a companhia desenvolveu um balanço do seu sistema de monitoramento que acompanha diariamente as notícias publicas na imprensa sobre fraudes neste segmento.
O Sócio-Diretor da Horus, Eduardo Daghum adverte para a informação de que os prejuízos com a criminalidade no setor de cartões devem ser bem maiores do que os demonstrados neste estudo uma vez que nem todos os casos de clonagem e outros golpes são relatados à polícia e nem todos os casos informados se transformam em reportagens. “Num mercado onde as margens de lucro são tão pequenas e que a concorrência começa a ficar mais acirrada a cada dia, é natural que as empresas comecem a ter maior preocupação com o assunto, principalmente se projetarmos o mesmo ritmo de crescimento dos crimes para os próximos anos”, diz.
De janeiro a dezembro a empresa detectou um total de 353 reportagens relatando crimes com cartões. O montante representa quase uma matéria por dia do ano. Nelas foram computadas um total de 13.718 cartões clonados e 158 máquinas apreendidas por estarem adulteradas pelo equipamento de captura ilegal de dados (chupa cabras). O prejuízo causado ao sistema por todos estes casos juntos chegou a R$ 39.153.899,00 milhões.
Matérias Publicadas | Pessoas Presas | Cartões Clonados | Valor Financeiro | Máquinas com Chupa Cabras |
353 | 718 | 13718 | R$ 39153899,00 | 158 |
Segundo ele a escalada dos números relativos a clonagem de cartões no noticiário policial mostra que os criminosos já se conscientizaram das vantagens de trabalhar com este tipo de golpe ao invés dos tradicionais roubos a bancos, seqüestros relâmpagos e outras modalidades mais violentas de assaltos. “A clonagem não coloca a vida deles em risco, é facilitada pelo avanço da tecnologia, se apóia na falta de atenção do usuário e, no caso de prisão, ainda resta a falta de maior clareza para enquadramento do delito no código penal”, afirma.
Além de informações sobre prisões de criminosos, a Horus monitora a produção dos meios de comunicação brasileiros em reportagens relativas a novas tecnologias de proteção, seminários, discussões sobre projetos de leis e pesquisas nacionais e internacionais.
Dicas para evitar clonagem
a)Observe atentamente os caixas-eletrônicos, se todos estiverem desligados ou em manutenção e apenas um operando normalmente, desconfie. Veja também se o layout de todos os aparelhos é igual e se todas as peças estão devidamente conectadas.
b)Desconfie se o equipamento do banco usar uma ordem diferente da normalmente solicitada pelo seu banco para realizar as operações.
c)Jamais aceite ajuda de estranhos para realizar as transações no caixa, peça sempre ajuda de um funcionário devidamente uniformizado ou identificado.
d)Antes de contratar os serviços de um determinado banco, pergunte ao seu gerente de que forma o banco procura minimizar a possibilidade de ocorrência de fraudes.
e)Quando for comprar com o cartão, nunca deixe o funcionário do estabelecimento levá-lo, sempre o acompanhe e fique atento a movimentos estranhos que ele possa fazer.
f)Preste atenção ao visor da máquina e tenha a certeza de que o valor de compra foi digitado antes de colocar sua senha.