Paisagista acredita que o distrito está abandonado pelo Poder Público
Sousas carece de manutenção, pelo menos é o que acha o paisagista Gean Sitta. Em um passeio pelo distrito, ele, que nasceu e vive há 29 anos no distrito, apontou várias irregularidades e problemas de má gestão: “Não estamos pedindo melhoria e sim manutenção”. Ele acredita que se o subprefeito encontra dificuldades para administrar o distrito, a sociedade deve se organizar em comissões para auxiliá-lo. A reportagem do Jornal Local também ouviu o subprefeito de Sousas, Lucrécio Raimundo da Silva, que respondeu as críticas do paisagista.
Rua 13 de maio
Os paralelepípedos da rua 13 de maio estão irregulares e, em um ponto, há pedras empilhadas em cima de uma calçada, como se fossem ser utilizadas para uma reforma da via. Segundo Gean, seria interessante uma parceria com as indústrias da área para auxiliar na conservação da rua: “Aqui seria lindo se a via fosse igual à que liga à sede da fazenda Sta. Terezinha”.
Eco-ponto
As caçambas, instaladas em frente à Casa da Cultura de Sousas, também carecem de um melhor cuidado. Elas não têm tampas, o que causam mau cheiro na área e pode atrair animais. Outro problema é a falta educação da população, que joga o lixo em qualquer um dos depósitos, sem respeitar as indicações de reciclagem. Detritos também são deixados no chão: “Já que se gastou para trazer esta melhoria para Sousas, por que não se faz um trabalho de orientação?”, questiona Gean.
O subprefeito Lucrécio concorda com o paisagista: “As pessoas não colaboram. Jogam o lixo fora das caçambas. É necessário um trabalho de conscientização, e seria interessante contarmos com o apoio do Jornal Local”.
Falta de manutenção
Em todo o distrito, é fácil encontrar terrenos sujos, abandonados e que, segundo Gean, são usados como pontos de uso de drogas. O paisagista diz que não vê fiscalização: “Tem terreno particular que quase foi invadido. Os moradores tiveram que informar a subprefeitura”. O subprefeito alega que os terrenos são particulares e a manutenção é dever de seus proprietários. Segundo ele, os ficais notificam e multam aqueles que não cuidam de suas propriedades.
Parque das Hortências
Segundo Gean, em uma região do bairro, os próprios moradores arcam com as despesas de limpeza de uma área pública. Cobras e animais mortos também são encontrados naquele trecho. A sensação de insegurança também é grande naquela região do distrito: “Tem muito bandido, muitos assaltos. Quando vai fazer um seguro de carro e fala que mora aqui é mais caro devido ao índice de violência.”, relata a pedagoga Sônia Maria Fascine. A auxiliar de enfermagem, Marli Idalgo, concorda com a vizinha: “A gente fica a mercê. Só temos um pra cuidar do outro aqui”.
Outra reclamação dos moradores da rua Rosa Aburad Khouri é em relação à falta de lombadas na via. “Muitos carros, de alto porte, saem do condomínio fechado e passam por aqui em alta velocidade”, diz Gean. Marli conta que já tiveram acidentes naquele trecho: “A gente não pode nem pensar em deixar as crianças saírem na rua para brincar”.
Atualmente o Parque das Hortências não tem mais roubos e não tem casos de violência registrados há quatro meses, é o que diz o subprefeito Lucrécio: “Se as pessoas não fazem Boletim de Ocorrência, a gente não toma conhecimento. A Guarda Municipal tem feito Ronda ali”. Ele também informou que uma lombada já foi aprovada pela EMDEC, e que a Subprefeitura só espera o fim do período de chuvas para implantá-la: “Será próximo de onde ocorreu o acidente”.
Buracos
Na rua Rei Salomão, paralela à rua Antônio Carlos Couto de Barros, existem mais de nove buracos no asfalto, em um trecho de menos de 200 m. Lucrécio afirma que até o fim do mês será realizado o reparo do lugar.