JL -Para quando está previsto o final da reforma da Igreja?
Inicialmente o nosso projeto foi para que nós reinaugurassemos no dia 11 de dezembro, mas como toda reforma sempre há imprevistos e surpresas, muito provavelmente não será esta data.
Toda verba aplicada na reforma foi arrecada nas festas ou já existia alguma outra verba da Igreja?
As verbas arrecadadas de outras festas foram insuficientes para cobrir as despesas da reforma, portanto nós estamos contando com as doações voluntárias dos próprios membros da Igreja para darmos continuidade ao projeto de manutenção.
JL – E como estarão atuando as comissões nas festas religiosas?
A própria comissão que geriu as duas últimas festas foi do parecer que haja um revezamento e que não sejam sempre a mesma pessoa. Mas o critério fundamental para que se dê continuidade e que as pessoas que irão coordenar a chamada “equipes organizadoras” sejam membros ativos e façam parte da comunidade. Eu gostaria e essa é a minha intenção, que fosse gestido por famílias do local.
Queremos, sobretudo que a Festa de Santana que é tão tradicional readquira seu caráter religioso, então nós estamos pensando em redimensionar, talvez esta festa que ganhou grande vulto e se profissionalizou bastante e vêm trazendo gente de todos os cantos; nós queremos recuperar o espírito religioso da Festa de Santana; talvez se houver menos barraca, menos atividade, seja uma saída. Inclusive a própria procissão também precisamos dar um novo redimensionamento.
JL – Então, como fica a comercialização das barracas nas festas religiosas?
Nós queremos resgatar os valores da região. Até o fato da multiplicidade de andores, foi uma coisa muito posterior, justamente com o objetivo de trazer o pessoal para festa, seja aqui seja em Joaquim Egídio.
E na reunião que tivemos com a comissão, equipe organizadora de Joaquim Egídio, eles mesmos sugeriram que fosse gestido pelas famílias da comunidade e que realmente nós redimensionássemos. Acredito que Sousas e Joaquim Egídio e que o povo daqui, merecem ser valorizados.
JL – E quanto à reforma da Igreja, há uma preocupação com a preservação do patrimônio histórico?
Na verdade, veja bem, esta igreja foi tombada no ano passado e no ato do tombamento foi tombada como ela está, mas anteriormente a este tombamento já foram feitas várias modificações que descaracterizaram o projeto original, por exemplo, onde haviam altares laterais foram construídas duas portas laterais. As pinturas a frescos desta igreja que evidentemente já foram estragados porque foram fracionados, digamos assim e há peças desta igreja que estão aqui ou acolá na casa de alguém por aí. Vários tipos de mármores o próprio batistério, é o que a gente ouviu falar, eu não posso afirmar porque eu sou novo aqui. Evidentemente do que dizemos respeito ao momento atual nós estivemos conversando e temos a devida autorização do CONDEPACC. Estive a manhã toda conversando justamente com o arquiteto e nós estamos mantendo a Igreja tal qual está, nós não estamos fazendo nenhuma alteração, então eu diria que é até um trabalho de manutenção; é a palavra mais correta e estamos tentando que ela fique do jeito que a encontramos.
A única coisa que realmente eu que queria dizer a população daqui, é que o nosso objetivo é o de incluir o máximo possível às pessoas. Sousas têm crescido e acrescido com os condomínios e assim por diante. Nós queremos que todas as pessoas se sintam incluídas aqui; não é mais a Sousas de 50 anos atrás onde havia um grupo pequeno de pessoas.
Queria também dizer a todos que sejam muitos bem vindo e que participem. Nós queremos fazer aqui em Sousas, uma igreja aberta, moderna e que atenda e faça algum serviço a população.
E dentro deste pensamento já para o ano que vem, nós teremos vários voluntários; como psicólogos, advogados, médicos que irão dar assistência gratuita à população nas dependências da Igreja. Inicialmente faremos uma triagem com os interessados. Este trabalho será feito em conjunto com os postos de saúde, inclusive até com outras igrejas. Enfim pretendemos ter um dialogo bastante aberto com a população de Sousas e Joaquim Egídio.