Campinas fechou o mês de março passado com a criação de 1.163 postos de trabalho formal (com carteira assinado) alcançando o sétimo melhor resultado para o mês desde março de 2001. O saldo resulta de 19.882 admissões e 18.719 desligamentos e coloca a cidade no oitavo posto no ranking do estado de São Paulo. O incremento no estoque de vagas em março em relação ao mês anterior foi de 0,3% e no ano a variação chegou a 1,3%.
A análise é do Observatório do Trabalho do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socieconômicos (Dieese), vinculado na cidade à Secretaria Municipal de Trabalho e Renda, e tem como base os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados em Brasília nesta segunda-feira, dia 16 de abril.
O setor que mais contribuiu para o desempenho foi Serviços, com 1.310 vagas, número superior aos de todos os setores, indicando que os demais, juntos, apresentaram saldo negativo. Em seguida, veio Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP), com 107 vagas, e a Indústria da transformação, com 87 vagas.
Os subsetores da Indústria que se destacaram foram: indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, com 114 vagas, e a indústria mecânica, com 92 vagas. Apresentaram saldo negativo o comércio com 238 vagas a menos, a construção civil, que perdeu 96 vagas e a agricultura com -7 vagas.
As mulheres ficaram novamente com mais da metade do saldo: 760 vagas (65,3%). Os jovens entre 18 e 24 foram 93,5% do saldo e os trabalhadores com ensino médio completo representaram 96,3%. Mais da metade (59,2%) do saldo foi de trabalhadores empregados em estabelecimentos com até 4 vínculos empregatícios.
Na avaliação da técnica do Observatório, Adriana Jungbluth, apesar da continuação do crescimento do emprego formal no país, março apresentou desaceleração importante. Com isso, o saldo acumulado no ano para o período mostrou-se menor que o mesmo período do ano anterior. “Ao que tudo indica, essa desaceleração deve continuar nos próximos meses”, estima.
Região Metropolitana de Campinas
Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), o saldo em março foi de 2.794 vagas, o quarto menor para a região desde 2001. O setor de Serviços foi o que apresentou maior contribuição, com 2.313 vagas, que representaram 82,8% do total de contratações. A Construção Civil veio em seguida, com saldo de 498 postos. Os desempenhos negativos na RMC ficaram com a Indústria de Transformação (-395 vagas), Comércio (-148) e Extrativa mineral (- 6).
Brasil:
Os números do Caged divulgados nesta segunda-feira dão conta de que foram gerados no Brasil em março passado 111.746 empregos formais, equivalente à expansão de 0,3% no estoque de assalariados com carteira assinada em relação ao mês anterior. Este foi o quarto maior resultado no país da série histórica do Caged desde 2001.
O setor de Serviços foi também o que apresentou maior saldo no mês, com 74,4%, chegando a 83.182 vagas. A Construção Civil veio em seguida, com 35.935 vagas e, em 3º lugar, veio o Comércio com saldo de 6.412 vagas. Dois setores apresentaram saldo negativo, sendo eles Indústria de Transformação com -5.048, e Agropecuária com -17.084 vagas.




