Na madrugada os moradores do Jardim São Mateus, Jardim das Oliveiras, Jardim Helena, Centro do Taboão da Serra tiveram uma surpresa ingrata: a invasão de um terreno particular de 150 mil m2 por cerca de 500 pessoas, liderada pelo movimento TST . No decorrer do dia 1º, a invasão se alastrou e ganhou uma proporção incontrolável, o que se via era assustador, gente chegando de todos os lugares da cidade de São Paulo e do ABC (Interlagos, Valo Velho, Parque Ipê, São Bernardo, entre outros).
O município de Taboão da Serra pede a colaboração da IMPRENSA para divulgar ao Brasil, de que forma uma favela toma corpo em poucos dias. A invasão de propriedades fere um direito básico na cidadania. É um problema social de competência dos governantes, e não do cidadão que luta para ter seu espaço dignamente.
Há exatamente sete dias da invasão, o que nós moradores presenciamos é o total abuso de “poder” de uma “organização” que finca suas estacas em local que tem dono, mudando toda uma rotina de famílias e instalando o medo, a insegurança, a baderna e o desrespeito ao direito de ir e vir, garantido pela Constituição. Somo reféns dentro de nossa própria casa.
Taboão da Serra pede SOCORRO! A área invadida fica situada à Rua César Simões, no Jardim São Mateus, área central da cidade, próximo ao Shopping de Taboão da Serra, Universidade Uniban, um bairro de classe média e via de ligação obrigatória entre o município do Taboão e o Campo Limpo, em São Paulo.
A Prefeitura está inerte em relação ao problema, sendo que o terreno é particular, pertencente ao senhor Paulo Colombo, que já entrou com pedido de reintegração de posse no Ministério Publico, mas não obteve sucesso. Nós moradores estamos esgotando todas as possibilidades para impedir que esse movimento tome o corpo de uma favela. Se, infelizmente, isso acontecer, a cidade e a região ao entorno irão sofrer um grande transtorno em relação à segurança, saúde, educação, transporte, sem falar na convivência diária com o medo.
Peço, por gentileza, que a IMPRENSA faça a cobertura dessa invasão, pois só, assim, acreditamos na reintegração de posse e na retirada dessas pessoas do local. Sabemos que pode ser difícil, uma vez que o confrontamento e a resistência serão inevitáveis. Então, ajudem a comunidade a não viver com medo e ameaçada.
Estou à disposição para explicar todo esse problema para a imprensa, com uma ressalva, que eu não apareça e que meu nome não seja revelado para a minha própria integridade física.
Invasão de terreno particular pelo movimento TST
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