Há certa de um ano, tive um problema de ordem financeira e solicitei o cancelamento de meu plano de minutos com a Vivo, de forma a honrar pagamentos em aberto, mas “estancar” o aumento do valor devido. Na época, fui informada que eu era “refém” do fornecedor, pois só poderia cancelar o contrato se pagasse os atrasados. Mandei, então, uma carta para as colunas de direito do consumidor dos grandes jornais brasileiros, solicitando orientação sobre como proceder para assumir – e pagar – a dívida sem ter um vínculo obrigatório com a operadora, o que infringe toda e qualquer lei conhecida.
Depois de a carta ter sido publicada diversas vezes, fui procurada por um atendente – Ailton -, que garantiu que meu plano seria cancelado e que, quando viessem as propostas de acordo, o valor cobrado a maior (duas faturas que continuaram chegando mesmo depois de eu ter ordenado o cancelamento) seria abonado. No entanto, nunca recebi nenuma proposta de acordo, a não ser cartas de cobrança que incluíam faturas dos meses em que eu já não era mais cliente da operadora nem uilizava mais os serviços (afinal, sou eu quem decide quando quero ser cliente ou não).
Continuei aguardando a proposta de parcelamento, tentei ligar várias vezes, sem sucesso, pois o tal valor das duas mensalidades nunca foi subtraído da dívida total (hoje, em 1600 reais, dos quais acho justo pagar 1200). Finalmente, começaram a chegar faturas com valores muito pequenos, abaixo de dez reais e, sem qualquer manifestação de tentativa de acordo, uma carta afirmando que a Vivo está me inserindo nas listas negras de crédito.
Tentei ligar de novo ao atendimento e, para minha surpresa, fui informada que meu contrato continua vigendo, que o período de suspensão temporária (suspensão temporária?!?) se extinguira e que eu teria que pagar esses valores pequenos, mais as duas faturas que chegaram após eu solicitar o cancelamento dos serviços, mais a dívida que eu efetivamente tenho que quitar. Isso, para mim, é quase uma extorsão…
Depois de ameaçar novo contato com a imprensa, fui abonada pela operadora da quantia de 30 reais, referentes às faturas enviadas a partir de abril de 2008, mas os dois meses em que fiquei no aguardo do “benefício” do cancelamento, algo em torno de 400 reais, estão sendo implacavelmente cobrados. Atente que falo de um valor peqeno perante o valor qe devo, menos de 25%, no entanto, não entendo porque devo pagar pelos meses em que a vVivo ignorou a vontade do cliente e lançou faturas à minha revelia, como se a minha vontade expressa não fosse o suficiente para romper qualquer vínculo com fornecedores.
Desta forma, estou novamente entrando em contato com esta coluna, de forma a pedir uma ajuda para quitar o que devo, somente o que devo, que são as faturas abertas até o mês de novembro de 2007 (ou seja, a utilização dos serviços até o mês de outubro), pois não sou responsável por erros do sistema ou do call center, nem pelo período em que, infringindo as leis do consumidor, a operadora me enviou cobranças que não concordo em pagar, pois as mesmas se referem a um período posterior ao meu pedido de cancelamento do plano pós-pago. Um abraço,
Maria Augusta de Castro Campos (Guta Campos)