
O início deste ano foi marcado por casos de violência em Sousas. Foram registrados até fevereiro, aproximadamente 30 boletins de ocorrência, incluindo assaltos, furtos e estelionatos. Entre os casos mais graves estão roubo a condomínio e ao comércio. Os bandidos fizeram ao menos três reféns e levaram objetos como mochilas, instrumentos musicais, jóias, celular, dinheiro, entre outros.
O primeiro assalto ocorreu em uma residência do Condomínio Colinas do Ermitage e teve início na madrugada do dia 17 de janeiro. Quatro homens armados invadiram o imóvel, anunciaram o roubo elevaram pertences da família, como mil dólares. O assalto teve fim após o grupo fechar as vítimas no quarto e fugir.
Já o segundo roubo aconteceu em 10 de fevereiro em uma banca de frutas, situada na Avenida Mario Garnero. Segundo Hamilton Junior, de 48 anos, uma das vítimas, o assaltou começou por volta das 14h e teve duração de aproximadamente três minutos. Ao descer do carro para fazer compras, Junior foi surpreendido por dois assaltantes, que segundo ele, tinham cerca de 20 anos.
“Os assaltantes estavam agitados, mas por bem, não teve nenhuma reação (dos clientes que presenciaram o assalto)”, lembrou o homem.
Ambos chegaram e colocaram o revolver em suas costas e pediram a chave do carro. Em seguida, abriram uma mochila e pediram para que os clientes colocassem seus pertences nela, principalmente dinheiro. O veículo foi levado e encontrado “inteiro” no dia seguinte, no Jardim São Fernando, em Campinas.
A terceira ocorrência aconteceu em uma farmácia, localizada na Avenida Antônio Carlos Couto de Barros. A dupla teve R$ 293 em dinheiro roubados.
O presidente do Conseg (Conselho de Segurança) de Sousas e Joaquim Egídio, Eduardo Precaro, destacou que os 17 crimes registrados entre o fim de janeiro e fevereiro nos distritos, boa parte foi esclarecida e os acusados detidos. Ele comentou também a importância do papel de ligação do órgão entre sociedade e as polícias Civil e Militar e Guarda Municipal.
“Na última reunião, por exemplo, esteve presente a associação dos comerciantes de Sousas e Joaquim Egídio, que estão se juntando para ter um canal de comunicação direto com a polícia. Esse é o papel do Conseg, levar a população e organizações para conversar com a polícia e dar sugestões”, disse.
Procurado para explicar a sequência de ocorrências e também a falta de segurança que os moradores da região enfrentam, o delegado Luiz Antonio Correia da Silva não foi encontrado ao longo de uma semana.
ANIMAIS
Em meio à criminalidade, os furtos também vêm sendo constantes. Em 30 de janeiro, pessoas não identificadas entraram em uma fazenda, às margens da Rodovia José Bonifácio Coutinho Nogueira, a Estrada das Cabras, em Campinas, e furtaram vários animais e produtos de manutenção dos bichos.
ELETRÔNICOS
A Escola Estadual Francisco Barreto Leme, em Joaquim Egídio, passou por apuros entre o dia 10 e 11 de fevereiro. Isso porque a escola teve seu datashow furtado e, segundo a diretora, no dia seguinte, os ladrões ainda entraram no local, danificaram o patrimônio público e furtaram instrumentos. Outro caso também ocorreu na Escola Tomás Alves. O crime aconteceu em dezembro, mas só foi comunicado à Polícia Civil no fim de janeiro. A vítima, não identificada, teve sua máquina fotográfica e R$ 441 furtados.
ESTELIONATO
Outros crimes que também marcaram o início do ano foram os estelionatos, principalmente, os relacionados aos caixas eletrônicos. Nesse caso, uma das vítimas utilizou o terminal de autoatendimento para saque e seu cartão ficou preso na máquina. Ela não conseguiu retirá-lo e não sabe como os estelionatários efetuaram transações indevidas. Em um segundo caso, os bandidos chegaram a alterar o nome da vítima na central de cartões.
VIZINHANÇA SOLIDÁRIA
O presidente do Conseg (Conselho de Segurança) de Sousas e Joaquim Egídio, Eduardo Precaro, estima que cerca de 200 moradores dos distritos vão aderir ao projeto da Polícia Militar, o Vizinhança Solidária, que consiste na criação de “vigias” contra a criminalidade.
O projeto, explicou, será implantado nos distritos a próxima reunião do conselho, marcada para o dia 3 de março, às 19h, no salão paroquial, no Nova Sousas.
“Será escolhido um tutor para o projeto em que todos do bairro acabam cuidando da segurança. Por exemplo, vendo um carro ou alguém ou alguma coisa suspeita eles se comunicam por meio de grupos de WatshApp. Os próprios moradores criam um mecanismo de defesa para não serem surpreendidos (pelos bandidos). Dependendo da gravidade da suspeita os moradores entram em contato com o tutor, que tem um canal direto de comunicação com a PM”, explicou Precaro.




