Com a microexplosão ocorrida na madrugada de domingo (5), os moradores do Loteamento San Conrado trabalham para mudar o “cenário de guerra”, como alguns proprietários retrataram o resultado da tragédia.
A moradora Terezinha Guardine, contou que a microexplosão durou para ela, uma eternidade. “Eu não sabia o que fazer, me agarrei na porta da cozinha, e gritava meu filho, que estava com meu neto no quarto, agachado sobre ele, para protegê-lo”, a moradora ainda disse que não tem noção do prejuízo que teve. Sua filha, Nicole Guardine, afirmou que foi uma noite de horror, e que o problema agora está nos preços das caçambas, que estão por volta de R$ 350.
O morador Marcos Martins alertou sobre o fundo de garantia. Disse que entrou em contato com a assessoria da Defesa Civil, mas que eles notificaram que essa tragédia, não foi considerada calamidade. Para os moradores conseguirem o fundo de garantia, é necessário que a Prefeitura Municipal de Campinas, apresente um documento ao Governo Federal, que decrete que o ocorrido foi uma calamidade.
Segundo ele, outro problema também, são as pessoas que estão “turistando” pelo condomínio. “Ontem foram vistas pessoas andando com o cachorro e veículos, tirando fotos e fazendo vídeos, sem nenhum respeito. Além disso, pessoas vendendo serviços”.
Apesar deste contexto, existem familiares e amigos, de ‘boa fé’, que estão solidarizando ajuda para os que tiveram suas casas destruídas. Existem grupos no Facebook voltados ao loteamento, em que as pessoas oferecem suas casas para banho e alimentação, e também, doam materiais de construção, como telhas.
O proprietário Claúdio Vicentin, relatou que o seu prejuízo foi de aproximadamente R$ 30 mil. Ele ainda pediu auxílio do poder público, para isentar taxas. A caixa d’ água da moradora Maísa Trevisan estourou. Ela contou que todos da sua casa estavam dormindo e que acordaram assustados. Seu prejuízo foi cerca de R$ 20 mil, e sua casa não tem seguro.
Os bombeiros estavam nesta tarde (6) no San Conrado para pegarem dados das vítimas. De acordo com eles, a equipe está dividida e focada na remoção de árvores. Além disso, durante a tragédia, uma pessoa enfartou e outra teve ferimentos, devido um telhado que caiu em sua cabeça.
Empreendimento Pedra Alta
Uma parte do muro do empreendimento Pedra Alta caiu devido a microexplosão da madrugada de domingo (5). Segundo a assessoria de imprensa, os gastos ainda estão sendo calculados. A previsão é de que o muro seja reconstruído em 20 dias.