Estreia dia 3 de outubro o espetáculo “A Bruxinha Que Era Boa” no Teatro do Parque D. Pedro Shopping. Em comemoração ao mês da criança e ao dia de Halloween, o espetáculo – que foi sucesso de público no último Festival de Férias – retorna à programação do teatro em temporada. Com direção de Rodrigo Palmieri e texto de Maria Clara Machado, a peça aborda o princípio de não julgar alguém antes de realmente conhecer.
O enredo traz a história de Ângela, uma bruxa que não sabe ser má. Aluna da Escola de Maldades da Floresta, ela e suas colegas são preparadas para a avaliação de Belzebu III – o maior de todos os bruxos – para se tornarem as melhores bruxas, no pior dos sentidos. A melhor da turma será premiada com a vassoura a jato, já a que não se sair bem será presa na torre de piche.
Para se livrar do castigo e ganhar a tão sonhada vassoura, Ângela conta com a ajuda de seu novo amigo, Pedrinho, um jovem lenhador que não se assusta com a aparência da pequena bruxa. Juntos, vivem aventuras que divertem e mostram às crianças a importância do respeito às diferenças.
Sobre o espetáculo
O diretor Rodrigo Palmieri enfatiza a importância do aspecto visual da peça como atrativo ao público infantil. “Sempre investimos muito no visual, pois sabemos que é isso que atrai as crianças, principalmente as mais novas. Além disso, permitimos que este público se encante com textos que falem de suas realidades”, afirma.
“Para fugir de estereótipos, trabalhamos a partir das personalidades de crianças, e criamos nossas bruxinhas com aspectos como espírito de liderança, bondade, aquela que não gosta de tomar banho; a espevitada e a esperta”, explica Palmieri.
Sobre a autora
Maria Clara Machado foi escritora e dramaturga brasileira, autora de famosas peças infantis. Fundadora do Tablado, uma das mais famosas escolas de teatro do Rio de Janeiro. Estudou em Paris, onde teve contato com teatro e dança. Foi aluna do mímico Decroux, do diretor Jean-Louis Barrault e de Rudolf Laban. Entre suas obras mais conhecidas estão, “O boi e o burro a caminho de Belém” (1953), “Pluft, o fantasminha” (1955), “O cavalinho azul”, “A bruxinha que era boa” e “A menina e o vento”. Sua última peça foi escrita em 2000, “Jonas e a baleia”, na qual Maria Clara reconta esse episódio bíblico em parceria com Cacá Mourthé. Faleceu aos oitenta anos, em 2001.
Sobre a companhia
Desde 2006, um grupo de formandos em Artes Cênicas da Faculdade Paulista de Artes se uniu para aprofundar seus conhecimentos em teatro infantil e suas vertentes. Desde então, produz teatro popular valorizando as raízes e mitos nacionais, preocupando-se com pesquisa por linguagem cênica nova e lúdica, voltada para crianças. Caracterizado como República, os integrantes do grupo se envolvem em todas as etapas da produção teatral. Diretor, atores, preparador corporal e vocal, técnicos, produtores e colaboradores, juntos, desenvolvem pesquisas que a companhia se propôs realizar. Deste processo surgiram os espetáculos como “A Bruxinha Que Era Boa” – que foi convidado para representar a Cidade de São Paulo no “3º Encuentro de La Red Iberoamericana de Artes Escènicas”, – no Chile – e “O Cavalinho Azul”, ambos de Maria Clara Machado.
FICHA TÉCNICA
Direção: Rodrigo Palmieri
Produção: Célia Ramos e Rodrigo Palmieri
Cenário: Zé Valdir Albuquerque
Figurinos: Nathalia Neme e Thelma Luz
Iuminação: Paulo Oseas
Elenco: Jeferson Dessotti, Rodrigo Bianchini, Daniely Diniz, Elizabeth Sabrina, Nathalia Neme, Célia Ramos, Thelma Luz, Silvana Lins.
SERVIÇO
Local: Teatro do Parque D. Pedro Shopping
Estreia: 3 de outubro
Temporada: até 2 de novembro – Sessões extras nos feriados de 12/10 e 2/11
Horários: Sábado e domingo, às 16h.
Ingressos: R$ 18
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: Livre
Recomendação de idade: a partir de 2 anos