Alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ângela Cury Zakia lançaram, no dia 3 de dezembro, dois livros escritos durante o ano letivo na escola. Os autores são estudantes das turmas do 1° e 4° ano e os temas foram elaborados pelos professores em sala de aula.
Os estudantes do 1° ano desenvolveram o livro “A nossa turma do 1° ano pesquisando a história da escrita”. No outro livro, intitulado “Nossa vida com atitudes, a favor das diferenças”, os alunos do 4° ano contaram como convivem e acolhem Lucas Duarte de Conceição Ignacio, colega de sala que é autista.
O pessoal do 1º ano contou que construiu o livro a partir das orientações da professora Cristina Maria Campos. Ela explicou como os seres humanos começaram a se comunicar, por meio de símbolos e desenhos. O interesse das crianças foi aumentando de acordo com os temas expostos na sala, como estudos sobre os sumérios (povo pioneiro no desenvolvimento da escrita), atividades de pinturas rupestres e filmes didáticos. A ideia de fazer um livro foi da própria professora. Todo mundo gostou.
O grupo pesquisou e descobriu como o ser humano inventou a escrita e discutiu o assunto em sala de aula. Como nem todas as crianças estão alfabetizadas, a educadora os ajudava a redigir. Isso, segundo Cristina, auxilia no processo de alfabetização. “Eles têm o conhecimento do conteúdo, apesar de não dominarem a escrita. Quando a criança escreve sem entender o motivo, ela o faz porque a professora mandou. Quando eles entendem que escreverão um livro, terão uma história deles, muda a relação. Se esforçam para conseguir se comunicar e saber o que contar”, disse a professora, que também é doutora em alfabetização.
Afeto, respeito e amizade
Entre os alunos do 4º ano, um deles é autista. Desde 2015, quando Lucas Ignacio entrou na Escola Ângela Cury, a professora Isnary Araujo da Silva elaborou atividades sobre para conscientizar as outras crianças, que aprenderam a conviver com as diferenças e acolheram Lucas com todo o carinho. Então surgiu a ideia de fazer um livro.
A princípio, a turma achou que escrever seria uma proposta difícil de executar, mas quando Isnary sugeriu narrar sobre a convivência deles com Lucas, todos se empenharam. Depois de quatro meses, a obra foi concluída. A partir de perguntas elaboradas sobre o tema, cada aluno redigiu um texto sobre o colega. Os textos estão ilustrados com fotos dos amigo.
Para as crianças, a prática foi uma forma de transmitir a mensagem que ser autista não significa ser diferente. “Trabalhamos sobre o preconceito para mostrar às pessoas que não é só porque ele (Lucas) é autista que é diferente em tudo”, disse Cauane Ferreira de Lima, colega de Lucas. “O livro mostra um lado diferente das pessoas autistas”.
Conviver com Lucas formou um sentimento de igualdade, respeito e quebra de preconceitos dentro da sala de aula. “É muito fácil ver e julgar. Mas compreender como ele é que é difícil”, disse Arthur Godoy Cardozo, outro companheiro de sala de Lucas.
A capa da publicação tem as mãos de Lucas registradas com tinta guache. A professora Isnary também foi uma das responsáveis pela edição de todo o conteúdo e produção do material. Segundo a professora, além da conscientização dos alunos com o tema autismo, a experiência também foi importante para desenvolver a língua portuguesa.
“A questão da escrita e da reescrita auxiliou muito no processo de leitura. Todo esse trabalho mental que eles fizeram ajudou no desenvolvimento das habilidades”, concluiu ela, que também agradeceu o apoio dado por toda escola e pelo diretor Valdir Aparecido Mantega, um dos idealizadores do trabalho.
Lançamento
No dia 3 de dezembro, o evento na escola marcou o lançamento das duas publicações. Além disso, projetos elaborados por outras turmas também foram expostos e atividades de conscientização sobre o meio ambiente, foi plantada uma muda de pau-brasil na escola. Os alunos e familiares estarão presentes, assim como as pessoas que fazem o acompanhamento do cotidiano de Lucas Ignacio.
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