Projeto integra do programa de formação de Jovens
Empresários da ONG Ação Forte
Preparar e inserir jovens no competitivo mercado de trabalho. Com este objetivo, a Organização Não-Governamental (ONG) Ação Forte, constituída por funcionários da Fort Dodge Animal e com apoio das empresas Microsiga Campinas e Grupo Joinder & Jobs iniciou em outubro de 2000 um trabalho junto à comunidades carentes da periferia de Campinas para preparação e conscientização do seu papel transformador como cidadãos junto à sociedade. Um dos resultados desse trabalho foi a recente montagem de uma mini-empresa de bijouterias, pelos próprios alunos participantes do curso, na qual são feitos produtos e comercializados em indústrias e círculos de amizade.
A constituição da empresa faz parte de um módulo após o qual os jovens tiveram uma introdução ao mundo dos negócios, apresentação de noções básicas de economia, mercado e administração de empresas. O módulo é dividido em quatro áreas – Recursos Humanos, Marketing, Finanças e Produção. Todas as sextas-feiras os voluntários, executivos e funcionários da empresa financiadora deste projeto, se dedicam a ensinar conceitos nessas áreas para os participantes. Entre as empresas que apóiam e o projeto e cedem colaboradores voluntários estão a Microsiga – da área de gestão de software empresarial –, através do Instituto de Oportunidade Social (IOS) e o Grupo Joinder & Jobs – de gerenciamento de carreiras.
Após aprenderem as noções do mundo corporativo, os jovens foram incentivados a montar uma empresa e geri-la de forma eficiente e eficaz. O item escolhido por eles para ser produzido foi bijouteria. Desde agosto eles se dedicam à produção e vendas das peças, desenvolvimento de uma estratégia de marketing e a conquista de clientes. Em 5 de dezembro, contabilizados os resultados da experiência, eles irão se formar e receber diploma.
“O mais interessante é que é tudo real. Nunca pensei que poderia criar e coordenar um negócio próprio”, explica Rosana Moreira Nogueira, presidente da mini-empresa, 15 anos e moradora do Bairro Vila Boa Vista, periferia de baixa renda de Campinas. Segundo Élide Augusto, coordenadora de Projetos Sociais da Ação Forte, o diferencial do projeto é a realização e condução na prática de uma mini-empresa. “Mais que conhecimentos teóricos sobre o mundo dos negócios, os alunos vivenciam a administração de uma empresa e com isto adquirem responsabilidade ao perceberem que suas decisões refletem bem ou mal nos destinos da empresa. Dessa maneira, eles desenvolvem habilidades específicas, além do estimular o empreendedorismo.”, afirma.
Além dos conceitos empresariais, os alunos participam de outros módulos como aulas de informática, inglês, português, matemática, conceitos de cidadania e apoio psicológico. Para o presidente do Grupo J&J, Jackson Soares, todas as ações no sentido de formação de jovens oriundos de comunidades carentes não devem se restringir apenas à formação. “É preciso prepara-los para que eles conquistem suas oportunidades”, disse.