Assaltantes já são conhecidos pelos comerciantes e moradores de Sousas
O nomeado “homem-aranha” voltou a agir nos comércios centrais do distrito de Sousas, em Campinas. Já são quase dez estabelecimentos assaltados por ele e seu comparsa no distrito.
Há aproximadamente um ano, os assaltos começaram a acontecer. O Bar Central foi uma das primeiras vítimas. E como de costume, os produtos levados pelos assaltantes eram de pouco valor, como carnes, cigarros e trocados que estavam no caixa.
No meio deste ano, os assaltantes entraram em mais dois estabelecimentos locais. Primeiramente no mercado do Pedroso, onde, durante a madrugada, por volta das 4h, eles entraram no depósito e levaram alguns chinelos havaianas. Logo depois, pularam para o mercado do Toninho. Como não é de costume o dono do mercado deixar muito dinheiro no caixa, a única coisa que levaram foram alguns trocados. Ao irem embora, os assaltantes quebraram um vidro do estabelecimento.
O comparsa do “homem-aranha” é conhecido pelos comerciantes e moradores locais por sempre entrar nos estabelecimentos, em dias comuns e horários de funcionamento, vestindo uma camiseta de tamanho mais avantajado e esconder, nela, produtos considerados supérfluos e de uso próprio, como desodorantes.
Os dois assaltantes já possuem um esquema para entrar nos comércios locais, pois todos os assaltos acontecem da mesma forma. O homem conhecido pelos sousenses tem o papel de olheiro e coordenador, enquanto o seu comparsa, “homem-aranha”, entra nos estabelecimentos, sempre pelo telhado.
Todos os assaltos aconteceram durante a madrugada. Ao entrar, a ação é rápida. Eles levam produtos de pouco valor e pequenas quantias em dinheiro.
Na semana passada, dois comércios foram “a bola da vez”. O bar Skinão, onde o assaltante entrou após cortar uma rede mosqueteira que fica entre dois telhados, e a padaria da Lana, onde também entraram pelo telhado.
No dia seguinte, os funcionários da padaria sentiram falta de 250 reais no caixa, mas mesmo assim, não fizeram um Boletim de Ocorrência, como todos os outros comércios vítimas dos assaltantes. No Bar Skinão, a história foi mais complexa. O assalto ocorreu por volta das 3h30min da madrugada, e foi visto pelo vizinho do estabelecimento. No momento em que os assaltantes entraram no bar, o alarme disparou. Foi então, que chamaram o dono do bar, Juan Pedro, alertando sobre o ocorrido. Quando chegou a seu comércio, Juan e o segurança da Praça Beira Rio conseguiram cercar os dois criminosos. Porém, sem sucesso. Estes fugiram.
Após o assalto, Juan declarou não sentir falta de nada em seu estabelecimento. Ele imagina que o homem que entra nos comércios não seja de Sousas, mas o olheiro, este sim, já é conhecido por todos. Sua fisionomia e até onde ele reside.
Juan disse que não fez nenhum Boletim de Ocorrência, pois a delegacia está em greve.