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quinta-feira, setembro 19, 2024

As Famílias

Data:

Família Bertazolli
Giuseppe Bertazolli imigrou para o Brasil no início do século 20, vindo residir nas imediações do distrito, onde hoje está o Jardim Jequitibaia. Logo em seguida mudou para Sousas, em frente a Estação do Ramal Férreo. Ele foi pai de 11 filhos: Alfredo, Ângelo (Arlindo), José, Antonio, Luiz (Lili), Aurora, Verginia, Maria, Olga, Luiza e Zita. Desses, ainda estão vivos Luiz, José e Olga que aqui residem. Alfredo era o administrador da Fazenda Santana, onde viveu por quase 40 anos. Ângelo, José e Luiz escolheram a profissão de motoristas e Antonio a de sapateiro. Aliás, o Luiz foi expedicionário na 2ª Guerra Mundial atuando na Itália e antes disso tinha servido o Tiro de Guerra em Mato Grosso. O Lili também fez parte do maior ataque que o Sousas F.C. já teve e era formado por Lili, Gigi, Armindo, Carlitão e Pé de Ferro. A menor goleada que os times de Campinas sofriam era de 4 a 0. Isso na década de 40. O único vivo desse time inesquecível é o Lili que reside perto do campo.

Família Giometti
A família Giometti é uma das mais tradicionais do distrito. Seu patriarca, Carlos, imigrou para o Brasil com apenas 17 anos no final do século XIX. Tinha grande vocação para a indústria de bebidas e chegou a fundar uma indústria do ramo no distrito de Joaquim Egídio onde morou inicialmente e que depois mudou para Sousas em sociedade com Lourenço Dal Porto e Pasqual Francesquini. Mais tarde tornou-se sócio da Cervejaria Columbia, instalada em Campinas. Para tratar da saúde de sua esposa Eliza retornou à Itália deixando seu irmão Aurélio tomando conta dos negócios. Com a morte da esposa na Itália retornou ao Brasil e aqui chegando casou-se pela segunda vez com Elvira. Foi pai de 14 filhos: Pedro, Stefano, Natalino, Gino, Adelina, Plínio, Augustinho, Olga, Eunice, Celestino, Alice e Arminda. Celestino e Alice faleceram na infância. Carlos Giometti chegou a ser proprietário de 3 fazendas de café da região: Fazenda D.Amélia (San Conrado) em Sousas, Fazenda Sertão e Braga, em Joaquim Egídio. Foi dono também da Fazenda São José no então distrito de Valinhos. Paralelo a essa atividade também abriu um comércio de Secos e Molhados onde hoje funciona a Galeria Martinelli que começou nas primeiras décadas do século através de seus filhos Pedro, Stefano e Agostinho terminando com sua filha Dulce e seu marido Carlos Pinto que comprou a parte de Stefano, em 1974. Carlos Giometti construiu na década de 30 a sede do Clube Recreativo Sousense que foi fundado em 1918 e que provisioramente até esse evento funcionava onde hoje está a padaria Pedroso. Dos 14 filhos apenas Olga e Dulce ainda vivem e moram no distrito.

Família Mingatto
Domingos Mingatto, nascido em Vicenza, norte da Itália, imigrou para o Brasil no início do século passado trazendo sua esposa Speranza Scolari e seus dois filhos menores Giuseppe e Maria, com 2 e 3 anos. Veio diretamente para a lavoura de café na Fazenda São Jorge em Joaquim Egídio. Lá nasceu o terceiro filho, Roberto e Marino em 1904. Juntando uma economias deixou a lavoura e veio para Sousas em 1906 onde montou um moinho de fubá com roda d´água na Fazenda Paredão. Em seguida abriu um moinho de fubá na Rua 13 de Maio, vizinho a ponte sobre o Ribeirão das Cabras e também uma máquina de beneficiar arroz. Logo depois comprou de Adão Salgado um sítio que ia da atual Rua Humaitá at´´e onde fica o Jardim Botâncio. Fixando-se no sítio deixou seu filho Roberto na gerência do moinho de fubá e da beneficiadora de arroz e partiu para a extração de areia lavada no Rio Atibaia, enviada para Campinas pelo Ramal Férreo. No restante da terra cultivou café, algodão, melancia e uma grande variedade de frutas cítricas que embarcava para o mercado da capital. Giuseppe e Marino partiram para o ramo de transporte por caminhões. Marino ficou nesse ramo até 1946 quando entrou para o comércio de Secos e Molhados. Já o caçula Domingos, nascido no distrito, foi fazer curso de mecânica de veículos em São Paulo e formado abriu uma oficina na Praça São Sebastião, onde hoje está o chaveiro (Palácio das Industrias). Em 1940 com a inauguração da nova ponte de concreto adquiriu um lote de seu sogro Atílio Zanatta e construiu a Nova Oficina e Posto de Gasolina que está aí até hoje sob a direção de seu filho Edson. A Domira, concessionária da Volkswagen foi fundada na década de 60 e mais paa frente mudou-se perto do Cemitério e está sob a direção de seu filho caçula Domingos Paulo Mingatto. A oficina Mingato foi uma verdadeira escola dos mais completas.

Família Beltramelli
Antonio Giuseppe Beltramelli nasceu na cidade de Bergamo, norte da Itália e imigrou para o Brasil vindo para Sousas em 1897. Foi pai de 9 filhos – 6 homens e 3 mulheres, Sílvio, Ferrucio, Germinal, Bruno, Ozório, Írio, Éster, Núbia e Odila. Apenas esta ainda vive.A profissão de Giuseppe era músico de acordeon. Ele animava todos os bailes locais e da zona rural que era muito populosa, todas as festas de casamento da região, acompanhado por seu filho Ferrucio no clarinete e de Írio na flauta. Os outros filhos escolheram a profissão de barbeiro, pedreiro e fiscal de café. Ferrucio além de músico foi o barbeiro oficial do Colégio Diocesano Santa Maria de Campinas. Ozório e Germinal abriram salão de barbearia na Praça São Sebastião e foram pioneiros na profissão no distrito. Bruno foi pedreiro exclusivo so Sanatório Dr.Candido Ferreira e Sílvio foi ser fiscal de lavoura de café na região de Amparo. Este ainda vive.

Família Franceschini
Paschoal Franceschini imigrou do norte da Itália para o Brasil nos idos de 1896 e veio diretamente para o distrito de Sousas. Casou-se com Júlia Stefanini e inicialmente foi sócio de uma indústria de bebidas, juntamente com Carlos Giometti e Lourenzo Dal Porto. Dissolvida a sociedade abriu um armazém de secos e molhados na Praça de Sant´Ana e uma de suas especialidades era vender ferramentas para a lavoura da região, como enxadas, foices, facões, picaretas, bicos de arado, etc. O casal teve 7 filhos: Evaristo, Menotti, Hercules, Belmira, Tinam Iolanda e Dirce. Apenas esta e Hércules estão vivos. Evaristo foi o fundador da Banda Musical Santa Cecília na década de 20 e seu maestro durante várias décadas, formando muitos músicos do distrito. Ele tocava bombardino além de outros instrumentos. Seu irmão Menotti era tocador de baixo.
Como atividade profissional Evaristo era fiscal geral da Prefeitura de Campinas, atuando nos distritos de Sousas e Joaquim Egídio. Menotti era funcionário do antigo D.A.E., hoje Sanasa e trabalhava na Estação de Captação de Água na Fazenda Sant´Ana. Hércules foi funcionário da CPFL trabalhando em Americana e depois transferido para São Pedro de Piracicaba onde se aposentou. Dirce é a única das irmãs ainda viva e reside no distrito. Foi atriz de teatro amador e nas procissões religiosas da Paróquia de Sant´Ana atuava como a Verônica.

Família Zanatta
Atílio Zanatta imigrou para o Brasil no início do século 20 e instalou-se inicialmente com seus 4 irmãos nas imediações de Joaquim Egidio. Depois mudou-se para Sousas onde abriu um açougue. Foi um dos primeiros a lidar com esse tipo de comércio no distrito, juntamente com seus filhos. Simultaneamente comprou um sítio onde hoje se situa a Vila Sõnia. Em 1940, com a construção da ponte de concreto sobre o Atibaia, loteou esse sítio, preservando a sede onde continuou a residir até falecer. Foi casado com Natalina Fussio e desse casamento nasceram 9 filhos: Franscisco, Aristides, Giuseppe, Gasperi, Mário, Hermínio, Zulmira, Lurdes e Maria (Marica). Desses vivem hoje Hermínio, Zulmira e Marica. Dois membros da família Zanatta, sobrinhos de Atílio, nascidos na Fazenda Riqueza em Joaquim Egídio também fixaram residÊncia em Sousas: Antonio e Américo, e aqui tem vários descendentes. Destes, Américo ainda é vivo.

Família Bertazolli
A esposa de Giuseppe, chama-se Santa Segala, uma das famílias que primeiro chegou ao distrito (1888) indo residir na Fazenda Sant´Ana. O sobrinho Jaime foi durante a 2ª Guerra Mundial, o primeiro mecânico a instalar sistemas de gazogênio em veíuclos na região, pois durante 4 anos não havia gasolina. Mais tarde foi convidado a ser instrutor de mecânica no Senais onde aposentou-se.

Família Trevizani
Alechandre e Crisante, dois irmãos solteiros, imigraram para o Brasil vindos um de Pádua e outro de Treviso no começo do século 20. Vieram diretamente para a região de Sousas. Alechandre se fixou em Sousas nas terras do Coronel Alfredo do Nascimento, com cerca de 3 ½ alqueires na Av. dos Expedicionários onde casou-se com Líbero Tartarini e foi pai de oito filhos: Arnaldo, Mário, Álvaro (Nino), Alice, Elviram Zulmira, Isabel e Iolanda. Arnaldo se iniciou como cabeleireiro e depois foi cuidar das terras de seu pai. Mário trabalhava na Dako e aposentou-se na Bosch. Álvaro ajudava seu irmão no sítio. Das mulheres, Alice casou-se com Augusto Pedroso, Elvira com Adelino Bernardes, Zulmira com o José Amado, Izabel com o Gigi e a Iolanda, solteira, ainda toma conta da padaria criada em 1941. A família Trevizani com mais dois vizinhos construiu a Capela de Santa Cruz que está na Av.dos Expedicionários até hoje. O neto Alechandre e o filho Arnaldo construíram nas terras da família o Vilagio Trevizani, bem ao lado da capela.Crisante, irmão de Alechandre, fixou-se na Fazenda Castro Prado, perto de Joaquim Egídio, como seu administrador. Casou-se com Paulina Marchiori e desse enlace foi pai de 7 filhos: Ângelo, Raul, Elza, José Caivani, Julieta, Santa e Lourdes. Ângelo foi chefe da Sub-estação da CPFL em Sousas até se aposentar. Raul tinha frota de táxi em Campinas e depois foi gerente do primeiro pedágio da Anhanguera. José Caivano foi segurança do governador Adhemar de Barros e de sua esposa. Julieta casou-se com o comerciante Santo Feltrim, Santa com o alfaiate Artemio Pugina e Elza com Jorge Carone, da CPFL.

Família Biguetti
Carlo Biguetti nasceu em Rovigo, norte da Itália e lá casou-se com Benevuta. Em 1895 imigrou para o Brasil, com a eposa e duas filhas menores: Zaira de 4 anos e Josefa de 2. Trouxe também sua avó paterna, com 80 anos de idade. Vieram diretamente para a lavoura de café em Sousas, na Fazenda Coutinho. Aqui no Brasil nasceram mais 5 filhos: Joana, Angelina, Batista, Antonio e Nazareno Luiz. Seus 3 filhosss homens compraram um sítio em Joaquim Egidio que mais tarde venderam para comprar o Sítio dos Lima, na região de Sousas, onde ficaram até a década de 60. Nesse sítio tinham de tudo: café, arroz, milho, feijão, gado e porcos. Além disso abriram e montaram 2 moinhos de fubá com roda d´água. O filho mais velho, Antonio, teve 6 filhos: Carlos, Luiz, Domingos, Renato, Idalina e Vitalina. Nazareno teve 7 filhos: Hélio, Arnaldo, Aristides, Alécio, Orlando, Olavo e Edilena. O Carlos (Carlito) foi administrador da Fazenda Santa Terezinha até se aposentar. Luiz, trabalhou para a CPFL e depois para a Prodome como coordenador de jardim. O Hélio trabalha com caminhão para a Prefeitura há 20 anos. Arnaldo tem serralheria e seus irmãos Aristides e Orlando tem comércio. Edilena é proprietária da Padaria Sant´Ana e de um restaurante em Cabras.

Família Pedroso
Luiz Pedroso nasceu em Portugal na cidade de Marinha Grande, capital da inúdstria do vidro, perto de Meria. Lá casou-se com D.Joaquina e imigrou para o Brasil por volta de 1910 com vários filhos menores vindo da cidade de Vargem Grande do Sul interior de São Paulo. Logo depois por volta de 1914 comprou uma chácara na Rua dos Expedicionários em Sousas e começou a fabricar pão e artigos de confeitaria. Essa padaria distribuía o produto a domicílio através de seu filho Augusto em Sousas e Joaquim Egídio. Isso perdurou até 1941 quando abriram uma loja na rua do centro (Padaria da Iolanda) e logo depois começaram a produzir pão e os confeitos nos fundos da loja. Essa padaria está funcionando até os dias atuais. Do casamneto de Luiz e Joaquina Pedroso nasceram 10 filhos: José , Augusto, Joaquim, Deolinda, Alfredo, Manoel, Júlia, Maria, Guilhermina e Bernardino. De todos esses, quem viveu no distrito até o fim de seus dias foram: José, Augusto e Deolinda. Augusto deu continuidade a padaria que hoje está sob a direção de seus filhos. Foi casado com Alice Trevizani e desse enlace nasceram Carlos Eduardo, Agostinho e Maria Lúcia. Deolinda casou-se com Reinaldo Dal Porto e do casal nasceram Antonio, Taís e José Roberto. José casou-se com Olívia Raizer e abriu um bar em frente a Praça Sant´Ana. Aliás, devo destacar que o Zezinho na sua adolescência foi ator de teatro amador e dançarino de músicas portuguesas. Mais para frente aperfeiçou sua voz para tenor de ópera e deu e continua a dar sua contribuição em todas as celebrações sacras na Paróquia de Sant´Ana e nas festividades da Societá Italiana Lavoro e Progresso de Sousas.

Família Salim
José Salim nasceu no Líbano e foi o primeiro imigrante árabe a residir em Sousas no final do século 19. Imigrou solteiro deixando sua noiva lá, para depois mandar busca-la. Ela se chamava Alfrida Fares e depois se casaram aqui no Brasil. Aliás, Alfrida era irmã de Tanus Fares que residiu aqui no distrito. Desse enlace nasceram 4 filhos: Emílio (1901), Aníbal, Nagib e Alice. Todos eles nasceram no distrito. José Salim chegando aqui abriu um comércio de secos e molhados na rua Maneco Rosa (onde se situa a Biblioteca Municipal) e depois vendeu para seu cunhado Tanus Fares na década de 1920. Fares veio da região de Morungaba. Aí José Salim começou a fabricar vinhos e licores nos fundos de sua residência que ia da rua 7 de setembro até a rua Humaitá. Essas aptidões ele já aprendeu no Líbano.Sobre seus filhos: Emilio estudou em Roma e chegando aqui fundou a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras em 1941,que mais tarde se tornaria a PUC, criando os cursos de Odontologia e Direito e outros. Foi o precursor da educação superior em Campinas, com destque em todo o Brasil, até os dias atuais. O outro irmão, Aníbal, foi relações públicas do Colégio Diocesano Santa Maria. Já o outro irmão, Nagib, foi executivo em multinacional de máquinas de escrever em São Paulo. Alice, foi casada com Jaime Castanho que foi tesoureiro da Faculdade de Direito da PUC e em Sousas exerceu a função de delegado do distrito. Do casamento de Alice e Jaime nasceram 4 filhos: Jaime, Roberto, Amauri e Neuza. Jaime formou-se em Odontologia e reside em São Paulo. Roberto fez o mesmo curso e foi professor na faculdade da PUCC durante 25 anos. Neusa foi gerente da Nossa Caixa desde sua instalação em Sousas até se aposentar. Amauri também estudou em Roma e voltando ao Brasil foi diretor da Faculdade de Filosofia da PUCC e vice-reitor. Depois foi nomeado bispo de Valença RJ, retornando para ser bispo da diocese de Jundiaí, onde se encontra.Ressalto que se não fosse esse maravilhoso Monsenhor Emílio José Salim no campo educacional, Campinas, não seria o que é hoje, um orgulho dos campineiros em razão de sua universidade. Em tempo, no dia 7 de setembro serão comemorados os 60 anos da fundação da PUCC e será celebrada missa na Catedral de Campinas pelo bispo Amauri Castanho.

Família Raizer
Guilherme Raizer nsceu ba Alemanha na cidade de Leipzig. Imigrou para o Brasil em 1860 e já veio casado com Ana Altman Raizer e dois filhos menores: Pedro e Antonio. Veio diretamente para a região de Rio Claro onde foi capataz da estrada de Ferro Paulista. Lá nasceu seu neto Alano, filho de Pedro, em 1888 que quando adulto veio para Sousas na década de 1910, juntamente com seu avô Guilherme. Aqui Alano casou-se com Maria Gasperi e desse enlace nasceram 7 filhos. Olívia, Anízio, Aparecida, Guilherme, Rosa, Adelino e Regina. Desses, apenas Aparecida e Regina estão vivos. Aqui em Sousas Alano e seu avô fundaram um matadouro para abate de bovinos, suínos e caprinos. Guilherme nessa época construiu com suas próprias mãos uma bela casa de alvenaria que está aí até hoje (onde se situa a Mecânica Marmerolli). Depois Alano mudou-se para a Fazenda Guariroba em Joaquim Egídio onde foi lidar com café até 1929 quando mudou-se para Taquaritinga.Na década de 1930 retornou a Sousas comprando uma chácara para moradia e uma grande gleba de terra onde hoje se situa o Jardim Martinelli e lidava com gado leiteiro. Quanto aos seus filhos Anízio e Guilherme entram para a CPFL onde se aposentaram. Adelino foi líder sindical no tempo da ditadura militar e se exilou no Paraguai para fugir da repressão. Depois trabalhou na Sanasa, foi presidente do Clube Recreativo e da Sociedade Italiana. Edson, filho de Guilherme (guinho) foi também líder sindical e se aposentou pela Petrobrás. Fernandom filho de Adelino é atualmente executivo da Purina.

Família Leone
João Leone e sua esposa Filomena nascidos no norte da Itália em Rovigo, imigraram para o Brasil com seus dois filhos menores, Umberto e Ângelo, no começo do séculos 20. Vieram diretamente para a região de Joaquim Egídio na Fazenda Braga e Sítio Novo (atual Fazenda Alpes). Umberto casou-se com Aplmira Braga e esse casamento se realizou em Campinas no Liceu Nossa Senhora Auxiliadora. Desse casamento nasceram 11 filhos: Idalgo, Atílio, Abílio, Lídio, João (Gino), Elza, Alaíde, Ignez, Filomena (Filó), Lídia e Ilda. Umberto se iniciou como empreiteiro de limpeza de cafezais da região e chegou a ter 50 peões sob seu comando. Com a decadência do café na década de 20, mudou-se para Sousas onde comprou em leilão uma casa ao redor da Estação do Bonde. Em seguida foi nomeado pelo prefeito de Campinas, chefe do Serviço de Conservação das Estradas de todas a região, até se aposentar. Quanto aos filhos, Idalgo foi funcionário federal pelo Instituto do Açúcar e Álcool até se aposentar. Atílio era assessor de vários políticos da capital. Lídio trabalhou na Tenda Única de São Paulo, como fiscal (Setor de Carnes). João foi mecânico de manutenção de aviões e também trabalhou na Merck Sharp & Dome em Sousas e se aposentou na Henkel. Quanto às mulhres, Ignez casou-se com Francisco Ramalho, Filomena com José Nadalin, Lídia com Mauro Rossé França, Ilda com José Jolly, Elza com Giuseppi Gasperini (Né) e Alaíde com José Fávero.

Família Rossim
Luz Rossim e Ângela Rossim, casados na Itália e nascidos na cidade de Rovigo, no início do século 20 vieram para a região de Sousas e Joaquim Egídio. Com ele vieram 3 filhos menores: Palmira, Luiz e Guerinom este com 3 anos de idade, Luiz Rossim e família foram trabalhar na lavoura de café na Fazenda Braga e Alpes na região de Joaquim Egídio. Na década de 1910 já moço, Guerino casou-se com Edwirges Zanatto e adquiriu uma grande chácara em Sousas, na rua Coronel Alfredo do Nascimento. Essa área se estendia para lá do Ribeirão das Cabras e da antiga linhda do bonde. Em seguida na frente da casa, abriu uma fábrica de lingüiça e derivados de suínos que permaneceu por dezenas de anos. Guerino, foi pai de 11 filhos: Ozório, Artur, Jacinto, Aristides, Maria, Ignez, Ângela, Júlia, Edwirges, Oscar e Dorotéia. Ozório trabalhou na CPFL até se aposentar. Artur entrou na Souza Cruz e ficou também até a aposentadoria; Jacinto enveredou para o ramo de caminhões de transporte: Aristides continuou o negócio do pai em fabricar lingüiça depois foi gerente da Guardinha de Campinas. Oscar faleceu na Itália em combate na II Guerra. Quanto as mulheres, Maria casou-se com Lavínio Teixeira, Ignez com Ivo Pierossi, Ângela com Ivandir Beltramelli, Edwirges com Carlos Pizano, Júlia com Valdemar Lenci e Dorotéia com Roberto do Carmo. De todos os 11 filhos apenas Artur Mariam Ignez e Edwirges ainda vivem.

Família Martinelli
Giovani Martinelli nascido no norte da Itália, imigrou para o Brasil no início do século 20, Já casado veio diretamente para Sousas, junto com 5 filhos adolescentes: André, Jacinto, Romano e mais duas filhas. Jacinto se casou com Luiza e abriu um bar na Praça de São Sebastião, além de uma chácara que ia até o Jardim Sorirama. Foi pai de 9 filhos: Aurélio, Antonio, José, João, Osmidia, Tomires, Amélia, Maria e Ana, Aurélio casou-se com Dezolina Caspon e foi pai de 5 filhos: Arildo, Carlos, Armando, José e Eda. Trabalhou na compra e venda de café, José casou-se com Ida Bevilacqua e foi pai de 4 filhos. Trabalhou no antigo D.A.E. no setor de Sousas. Antonio entrou num laboratório em São Paulo e logo depois foi para Pernanbuco como representante da firma. Lá casou-se com Odinéia, rica fazendeira e usineira de açúcar de Caruaru. Desse enlace nasceram 2 filhos: Marilú e Marcos, Nos anos 60 Antonio mudou-se para Sousas, sua terra natal e comprou a Fazenda Palmeiras e depois várias glebas de terra na periferia de Sousas. O Jardim Martinelli e a Galeria Martinelli é de sua autoria. Já o Romano morou uns tempos em Sousas e depois mudou-se para Campinas. Casou-se com Angelina e desse enlace teve 6 filhos: Mafaldo, Elídio e Antonio mais 3 mulheres. Mas o Elídio (Lili) casou-se com Clementina Franceschini de Sousas e decidiu morar no distrito. Foi pai de 5 filhos: Maria Helena, Geraldo, Antonio Carlos (Pito), Elídio e Rita. Logo que se casou Elídio entrou como sócio de uma fábrica de lingüiça com Adelino Bernardo. Em seuida abriu uma Casa Lotérica chamada A Favorita onde se fazia jogo de bicho que naquele tempo era legalizado, Elídio foi uma das figuras mais populares de Sousas e um dos fundadores do Sousas F.C. do qual foi várias vezes presidente.

Família Conte
Frederico Conte nasceu em Treviso, norte da Itália e imigrou para o Brasil ainda solteiro no início do século XX. Veio diretamente para a região de Joaquim Egídio trabalhar na lavoura de café. Logo que chegou casou-se com Amália Faleadi. Começou como colono e demonstrando várias aptidões de comando assumiu o cargo de administrador da Fazenda Capoeira Grande. Ficou lá até a grande depressão do café em 1929. De posse de algumas economias adquiriu a Fazenda São João, Sítio Cubatão e Fazenda Ribeirão, todas do mesmo dono na região de Sousas. Mais tarde, vendendo essas propriedades, foi ser administrador da Fazenda Iracema. Foi pai de 14 filhos: Pedro, João, Aníbal, Luiz, Valdomiro, Arlindo, Maria, Júlia, Ida, Olga e mais 4 mulheres falecidas na infância. Pedro casou-se com Ricca Josefina Giovani. Após casar-se Pedro adquiriu uma gleba de terra na parte urbana de Sousas que ia da linha do bonde até onde é hoje o Jardim São Francisco e o Jardim Rosana. Na beira da linha férrea construiu sua moradia. Foi pai de 10 filhos: Carlos (Titão), Dora, Moisés, Vladimir, Nelson, Sara, Dulce, Meire, Deolinda e Maria Aparecida. João casou-se com Adelina Maria Aparecida, João casou-se com Adelina Nadalim e foi pai de dois filhos. Trabalhava como motorista de táxi em Sousas. Aníbal casou-se com Ana Ferreira e foi pai de 2 filhos. Maria casou-se com Ferrucio Beltramelli e foi mãe de 4 filhos: Ivandir, Jair, Nanei e Arlindo. Júlia casou-se com José Guevara e foi mãe de u1 filho. Carlos casou-se com com Neide Barijan e é pai de 2 filhos (Pedro e Junior). Nelson casou-se com Erci Galatti e é pai de 2 filhas. Na família Conte havia vários músicos: Pedro e João no violão. Valdomiro na flauta e Arlindo no violino. Quando esses 4 irmãos se juntavam para tocar quem ouvia era um deleite para os ouvidos.

Família Lima
João Gabriel de Lima, descendente de portugueses, nasceu em Tuiutí região de Bragança Paulista no final do século XIX. Na sua juventude veio para Joaquim Egídio aprender a profissão de alfaiate com o imigrante italiano Etore Nalim. Então, com 19 anos conheceu a imigrante italiana Aerminia Vicentini com 16 anos, filha de Antonio Vicentini e Angelina Frezarini, todos nascidos na cidade de Verona, norte da Itália. João Gabriel e Aerminia casaram-se e se mudaram para Sousas em 1913, onde montou uma alfaiataria e loja de miudezas na rua central do distrito. Anos depois transferiu a alfaiataria para a rua 13 de maio, vizinho com a ponte do Ribeirão das Cabras onde ele era alfaiate e sua esposa uma das grandes costureiras da região. Desse casamento nasceram 7 filhos: Ana Maria Ricci casada com Flávio Ricci (falecidos), João José de Lima (Gigi) casado com Izabel Trevizani (falecidos), Iracema Sousa Ribeiro, casada com José de Souza Ribeiro, Alice Genger casada com Alberto Genger, Silvino de Lima, Eunice de Lima, casada com Nelson Milani e Evanir de Lima casada com João (Gino) Leone. Dona Aerminia era uma exímia costureira tanto que, confeccionava roupas para os fazendeiros e sitiantes da região além de batinas para a dioceses de Campinas e ternos com coletes para as pessoas mais finas da época. Esse casal conviveu com figuras marcantes do local entre os quais Dona Ema Bonha, Vitório de Vicenzo, família Binelli, Martinelli, Focesi, Guenelli etc. Quando da Revolução de 32 eles se refugiaram na Fazenda Guariroba em Joaquim Egídio e terminada a guerra civil retornaram a Sousas. Uma das filhas do casal, Iracema, foi uma das grandes atrizes de teatro da época. E o Gigi foi um dos maiores craques do Sousas F.C., além de ser pintor de primeira linha. Na família Lima tem vários formados em curso superior: João Luiz Genger e seu irmão José Alberto, o primeiro engenheiro e o segundo químico industrial, Klaus Genger médico neurologista, Carlos Milani advogado e Edson Luiz Ricci economista e professor da USP.

Família Tavela
João Tavela casou-se com Maria Azzoni em Rovigo, norte da Itália e imigraram para o Brasil em 1892. Vieram para a região de Campinas, na Fazenda Capoeira Grande, zona de Joaquim Egídio trabalhar na lavoura de café. Após formar sua família com nascimento de 4 filhos: Felício, Manoel (Maneco), Plácida e Maria Rita, mudou-se para a rua 13 de maio com margens para o rio Atibaia. Sua intenção era fabricar tijolos e telhas com o barro de sua propriedade. E, com a ajuda de seus filhos Felício e Manoel deu início a nova atividade. Ficaram nessa atividade por dezenas de anos até se esgotar o barro de suas terra. Em seguida Felício arrendou seu pedaço de terra ao lado direito da entrada do sanatório Cândido Ferreira e continuou junto com seus filhos Antonio e Pasqual a fabricar tijolos e telhas que tinham um tamanho macrobiótico. Centenas de casas da região, do início do século 20 até os anos 50 eram construídas com materiais da Olaria do Tavela. Felício casou-se com Estela Bertão e desse enlace nasceram 10 filhos: Antonio, Pasqual, João Euclides, Helena, Elvira, Celeste, Olímpia, Ana, Erotides e Cleunice.Plácida, irmão de Felício casou-se com Domingos Bertolucci e foi mãe de 5 filhos: João, Domingos, Lídia, Adélia e Eletra. Antonio, filho de Felício, casou-se com Angelina Sportello e foi pai de 3 filhos: Antonio, José e Maria Aparecida. Celeste casou-se com Arsênio Vicentini e é mãe de 3 filhos: Felício Antonio, Lucimar e Luiz Estela. Helena casou-se com Bruno Pierin e foi mãe de Bruno, José, Wilson e Nadir (Dido). Erotides casou-se com Antonio Reolon e é mãe de de José e Eduardo. Ana casou-se com Antonio Nadalim e é mãe de Luiz Antonio e Maria. Elvira casou-se com Aurélio Reolon e foi mãe de 1 filho de nome Jair e Pasqual casou-se com Nilda, gerando 5 filhos.’

FAMÍLIA IORIO
António ïório nasceu no Largo Santa Cmz em Campinas, no dia 29 de julho de 1882, filho de José ïório e de Domingas Citrângula. Morou pouco tempo no local, vindo a residir em Sousas onde frequentou as aulas do Grupo Escolar sendo um de seus mestres o professor João Breen. Ainda jovem mudou-se para Rio Claro onde aprendeu os ofícios de relojoeiro e ourives. Nessa mesma época aprendeu música passando a fazer parte de uma corporação musical como trombonista. Residiu com seus familiares até o ano de 1908 no município quando voltou para Campinas e trabalhou muito para ajudar na criação de seus nove irmãos, uma vez que sua mãe já havia falecido. Somente em 28 de abril de 1910 voltou para Rio Claro para casar-se com Maria Mônaco – a biúcha, filha de tradicional família rioclarence, passando desde o dia de seu matrimônio a residir definitivamente em Sousas onde nasceram seus sete filhos:
José Iório que não se casou: Salvador Iório – o Dodô que se casou com Edith de Castro de cuja união nasceram três filhos, Laércio Iório que se uniu a Ana Alaíde Bortolotto e tiveram dois filhos. Orlando Iório – pracinha na 2a Guerra Mundial que se casou com Teresa Ferreira e tiveram três filhos, Alice Iório que se casou com Luiz Gianoni e tiveram dois filhos, Zenith Iório que se casou com o cineasta e fundador do MIS de Campinas, Henrique de Oliveira Jr e tiveram três filhas. Dalva Iório que se casou com Mário Leal de Magalhães e tiveram um filho.
Tendo trabalhado como relojoeiro e ourives António exerceu também por muito tempo o cargo de sub delegado de policia. Era admirador e apaixonado pela música tendo lecionado nessa localidade esta arte, organizou uma banda de música na Fazenda Coutinho, somente com colonos, tendo vários de seus membros se destacado como bons valores galgando posição de destaque até em sinfônica.
Fez parte da diretoria da Antiga Sociedade Italiana local, foi presidente do Clube Recreativo Sousense e membro da diretoria vários anos, foi também membro do Diretório do Partido Republicano Paulista – PRP. Em 29 de abril de 1926 foi nomeado Agente do Correio de Sousas e aposentado compulsoriamente em novembro de 1952 no cargo da classe F da carreira de postalista. Nessa mesma ocasião adoecendo gravemente veio a falecer às 19:00 horas do dia 25 de julho de 1953, durante as comemorações da festa de Sant´Ana, padroeira de Sousas. Quando seu corpo era velado em sua residência a Rua Isabelita Vieira n° 3 a procissão que se dirigia a Matriz passando em frente de sua casa, executou a marcha fúnebre em sua homenagem. Pela Lei Municipal de 26 de outubro de 1955 foi denominada António Iório uma rua do nosso distrito.
Um de seus filhos também foi homenageado com o seu nome na Praça de Esportes José Iório por ter doado aquela área para sediar o campo de futebol.

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