A Campinas Decor 2009, encerrada no último domingo, dia 14 de junho, registrou recorde histórico de público. Em sua 14ª edição, a principal mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do interior paulista foi visitada por 32.300 pessoas, volume 29,2% maior que o registrado em 2008.
A visitação deste ano superou todas as expectativas. A estimativa inicial da organização era registrar um público de 27 mil pessoas. Em 2008, o evento havia recebido 25 mil visitantes.
“Estamos muito felizes com os resultados desta edição, que foi realmente histórica, devido a uma série de fatores”, afirma Stella Pastana Tozo, uma das organizadoras do evento. A empresária Sueli Cardoso, também organizadora da Campinas Decor, explica que o principal atrativo deste ano foi o local escolhido para sediar a mostra, que aconteceu nas dependências do IAC (Instituto Agronômico de Campinas), na avenida Barão de Itapura. “O cenário era espetacular e além disso, os profissionais participantes se superaram e realizaram um trabalho excepcional”, complementa.
O cenário citado era composto pelo jardim botânico do IAC, com suas espécies raras e centenárias, e o edifício Franz W. Dafert, imponente imóvel de 1943 tombado pelo Patrimônio Histórico. Além do público recorde, a edição de 2009 também recebeu o maior volume de investimentos desde a criação da Campinas Decor, em 1996. No total, foram investidos R$ 8 milhões para a realização da mostra, o dobro do aplicado em 2008. Apenas para a recuperação do prédio, foram gastos R$ 2 milhões, lembrando que todos os investimentos são divididos entre organização, expositores, fornecedores e patrocinadores.
Aberta no dia 1º de maio, a Campinas Decor 2009 era composta por 78 ambientes internos e externos, preparados por 131 dos principais arquitetos, decoradores, paisagistas e designers de interiores das cidades de Campinas, Americana, Bragança Paulista, Indaiatuba, Jaguariúna, Jundiaí, Limeira, Mogi Mirim, Paulínia, Sorocaba e Valinhos.
No total, eram 9 mil metros quadrados de mostra, divididos em 6.500 metros quadrados de paisagismo e 2.500 metros quadrados de área construída, incluindo o prédio principal, o restaurante instalado em uma antiga estufa, e a Rua da Alegria, uma das grandes novidades da edição.
A organização e os expositores da Campinas Decor restauraram a fachada e o portal de entrada e fizeram a reforma completa do edifício, com obras de revisão elétrica, hidráulica, de telhados e calhas, madeiramento de portas e janelas. Pisos e revestimentos foram revitalizados ou substituídos e o mesmo foi feito com vidros e esquadrias. Foi feita ainda a reforma dos sanitários e copa, limpeza das áreas de jardins e plantio de grama.
A realização do evento no IAC, que pertence ao governo do Estado, foi possível devido a uma parceria firmada no dia 25 de setembro de 2008 entre o Grupo Campinas Decor e a diretoria do instituto de pesquisa. O documento prevê ainda o uso das dependências do IAC para a edição 2010, na antiga Casa do Diretor, também tombada pelo Patrimônio Histórico. O acordo tem como objetivo a cooperação entre o Estado e a iniciativa privada para a recuperação dos dois imóveis, que após a mostra serão utilizados para gerar desenvolvimento científico, tecnológico educacional e cultural.




