O urucum – mais importante fonte de corante natural empregada na indústria de alimentos – está presente em praticamente todo o Estado de São Paulo, mas o seu cultivo comercial é expressivo na região da Alta Paulista, com 72% da área. É o que mostra o estudo “Ocorrência de urucum no Estado de São Paulo”, das pesquisadoras Eliane Gomes Fabri, Carolina Soares Iatesta, Amarílis Rós-Gola, Juliana Rolim Salomé Teramoto e Angélica Prela-Pantano, do Instituto Agronômico (IAC) e dos Pólos Regionais Alta Sorocabana e Centro-Sul, vinculados à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
O diagnóstico, com base em informações coletadas no banco de dados do projeto Lupa, desenvolvido pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), aponta que o urucum é cultivado em mais de 50% dos Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDRs) da CATI, destacando a importância dessa atividade no Estado.
Os principais municípios são Monte Castelo, São João do Pau D´Alho, Tupi Paulista e Junqueirópolis, tanto em número de produtores quanto de área cultivada. “É importante ressaltar que a cultura ocorre principalmente no âmbito da agricultura familiar, cumprindo uma função sócio-econômica de grande expressão para a região produtora.”
Os municípios de Monte Castelo e São João do Pau D´Alho tem se alternado na primeira posição no período entre 1995/96 e 2005/06, de acordo com as pesquisadoras.“ Os dados de 2005/2006 mostraram que Monte Castelo tem 77 produtores, correspondendo ao maior número no Estado, enquanto que o município de São João do Pau D’Alho tem 70 produtores e a maior área com cultivo de urucum: 691 hectares. Observou-se também que mais de 80% das áreas são áreas que caracterizam agricultura familiar”, enfatizam as pesquisadoras. (Texto da Assessoria de Imprensa da Apta)