São 5 mulheres lindas. São 5 mulheres amigas. São 5 mulheres clarinetistas.
Pois só podia dar no que deu: o grupo ‘Claraclarinetas’, um inusitado quinteto de música de câmara formado por cinco lindas mulheres que tocam clarinetas (ou clarinetes, são sinônimos), instrumento considerado um dos mais versáteis de um naipe de sopros, pois, pela grande tessitura que tem, pode ir da sonoridade mais delicada e serena às mais estridentes.
E para conhecer essa mistura feminina é só conferir a única apresentação (com entrada franca) que o grupo ‘Clarasclarinetas’ vai fazer dia 8 de outubro (quinta-feira), às 20h, no Auditório do MuBE, Museu Brasileiro da Escultura, em São Paulo.
No repertório, peças tradicionais da música erudita, por exemplo, de Vivaldi e Mozart, e também “clássicos” da música americana e brasileira, como Scott Joplin e Pixinguinha. Tudo adaptado para cinco clarinetas (veja no final programa completo do concerto).
Assista a um vídeo do Claraclarinetas interpretando o Concerto Opus 3 nº10,
de Vivaldi, com a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo:
http://vimeo.com/6267439
Ou se quiser fazer o download:
https://download.yousendit.com/cmcyb2VEMGNoeVpFQlE9PQ
Sem falar do toque feminino das cinco mulheres, que fazem parte do primeiro time da música erudita e instrumental do Brasil: Marisa Takano, Elaine Lopes, Vânia Neves, Isabel de Latorre e Márcia Guirra.
Além do ‘Claraclarinetas’, todas tocam na Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. E seus currículos são impressionantes (veja no final os currículos de cada integrante): são todas formadas e pós-graduadas por algumas das melhores escolas de música do Brasil, com estudos no exterior, atuações por alguns dos mais importantes festivais e orquestras, além de serem professoras em renomadas instituições.
E o interessante é que no concerto, as musicistas tocam diferentes tipos de clarinetas.
Os sons mais agudos, por exemplo, vêm da pequena clarineta em mi bemol, mais conhecida como “requinta”. Já os graves ficam com o chamado clarinete baixo em si bemol, também conhecido como “clarone”. Os sons intermediários aparecem na clarineta soprano em si bemol, a mais conhecida da família. E ainda há o intitulado “corno di bassetto”, em fá, considerado o “tenor” das clarinetas.
Na evolução da música mundial, a clarineta é um instrumento relativamente novo: surgiu na metade do século 18. E despertou, desde então, o interesse de grandes compositores, na música erudita, no jazz e na música brasileira. Por exemplo, no choro.
Curadoria e comentários de maestro internacional – A apresentação faz parte do projeto “Clássicos em Cena”, que também ocorre nas cidades de Pindamonhangaba e Americana, no interior de São Paulo.
O projeto visa aproximar o público da música erudita, sempre com apresentações comentadas pelo conceituado maestro Parcival Módolo, que faz a curadoria da ação.
“A idéia é sempre passar a informação de forma acessível, o que dá uma leveza ao programa”, comentou Módolo, cujo extenso currículo inclui aulas e regências em diversas orquestras no Brasil e no mundo e mestrado em música barroca por Westfälische Landeskirchenmusikschule, na Alemanha.
O projeto tem patrocínio da empresa LyondellBasell, apoio do Ministério da Cultura e produção da Direção Cultura(www.direcaocultura.com.br), produtora de eventos culturais de Campinas, uma das mais atuantes do Brasil, que em mais de dez anos já produziu dezenas de espetáculos de música e artes cênicas.
Serviço:
O quê: apresentação gratuita do grupo Clarasclarinetas.
Quando: única apresentação: dia 8 de outubro, quinta-feira.
Onde: MuBE – Museu Brasileiro da Escultura. Av. Europa, 218. Tel: (11) 2594-2601 (Maria Lúcia). Capacidade: 192. Entrada franca.
Confira o programa do Concerto no MuBE:
Caprice, de Clare Grundman.
Adagio in sol menor, de Tomasso Albinoni.
Wave, de Tom Jobim (Arr.: Fernando de Oliveira).
Quinteto K.388, de Wolfgang Amadeus Mozart (I – Allegro, II – Andante, III – Menuetto e IV – Allegro).
Caminhando na garoa, de Cyro Pereira.
Concertos Opus 3 N.10, de Antonio Vivaldi. (Arr.: J. S. Bach. Adaptação: Luca Raele. I – Allegro, II – Largo e III – Allegro).
Confira os currículos das integrantes do “Claraclarinetas”:
Marisa Takano: Iniciou seus estudos em 1979, aos 8 anos de idade na Banda Municipal Infanto- Juvenil de Rudge Ramos -SBC sob orientação do Maestro Romilso Curvelo da Silva. Teve como principais professores Rafael Caro, Edmilson Nery, Sergio Burgani, Leonardo Righi e Luis Eugênio Afonso (Montanha). É bacharel em clarinete pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Atualmente é clarinetista solista da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, clarinetista da Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo e dos grupos de câmara SoPra Trio e ClarasClarinetas. É professora do curso de clarinete e Primeiro Sopro na Universidade Livre de Musica.
Elaine Lopes: Natural de São Paulo, iniciou seus estudos musicais em 1982 no CDMCC Tatuí na classe de clarineta do professor José Teixeira. Em 1987 ingressa no curso de Bacharelado em Instrumento na Escola de Comunicação e Artes – ECA/USP vindo a concluí-lo em 1991. Foi aluna dos professores Leonardo Righi, Máximo Sanches e Luís Antonio Afonso (Montanha). Participou de diversos festivais, cursos de férias e master-classes tendo a oportunidade de trabalhar renomados professores de clarineta: José Botelho, Luís Gonzaga Carneiro, Joel Barbosa, Edmílson Nery, Henri Bock, Walter Boykens, entre outros. Na condição de clarinetista e claronista participou dos seguintes Orquestra Sinfônica de Sorocaba (89–93), Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí (84–86), Orquestra Experimental de Repertório (89–93), Orquestra de Sopros do Conservatório de Tatuí de (1998 a 2001) e Orquestra Filarmônica de Piracicaba (2004-2006). Membro do corpo docente do 29o Festival de Inverno de Campos do Jordão núcleo Bandas-Tatuí no ano de 1998 e 99, também atuou como professora da Escola de Música de Piracicaba 2003 a 2006. Em 2007 obteve o título de Mestre em Clarineta pela Unicamp sob a orientação do prof. Dr. Roberto Pires. Atualmente integra a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo e a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas.
Vânia Neves: Iniciou seus estudos de clarineta com o maestro Harry Bacciotti na Banda Municipal maestro “Angelo Cosentino”, na cidade de Leme-SP. Participou de vários festivais e cursos de música, a destacar o Festival Internacional de Verão de Brasília-DF, Oficina de Música de Curitiba-PR, Festival de Música de Londrina-PR, Curso de extensão Universitária na UFBA, Salvador-BA e na USP. É Bacharel em clarineta pela Universidade de Campinas – UNICAMP, onde teve como professores Roberto Pires e Nivaldo Orsi. Recebeu orientações de renomados professores de clarineta como Edmilson Nery, Luis Eugênio Afonso(Montanha), Walter Boÿenks-Bélgica, Jean Marc Volta-França. Atualmente é integrante do naipe de clarinetas da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, onde toca Basset Horn. É clarinetista do Coral Brasileiro de Clarinetas e do quarteto ClarasClarinetas.
Isabel de Latorre: É formada em Música pela Faculdade Santa Marcelina. Continuou seus estudos na França, no Conservatório Municipal Héctor Berlioz de Paris, sob orientação do clarinetista Pierre Boulanger, e no Conservatório Nacional de Região de Aulnay-sous-bois na classe de música de câmara de Claude Burgos e do clarinetista Claude Dessurmont. Com a soprano Sonia Mindlin e com a pianista Lídia Bazarian formou o Trio Anímico, apresentando-se em diversas cidades e capitais brasileiras. É professora de clarinete na escola Espaço Musical e na Escola Britânica de São Paulo. É clarinetista e claronista da Orquestra Sinfônica Municipal de Santo André e claronista da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo.
Márcia Guirra: Iniciou seus estudos musicais no ano de 1998 no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos em Tatuí, formando-se em 2004. Como integrante da Orquestra de Sopros Brasileira de 2001 a 2008, participa de gravações de 4 cd’s e um DVD. É, desde 2003, professora de clarineta do Projeto Pró-Bandas da Secretaria de Cultura do Estado. Fez Curso de Extensão Cultural – Clarineta/2005, ECAUSP, sob a orientação de Luis E. Afonso Montanha. Em 2005 recebe a titulação de bacharel em Música – Clarineta, UNESP, sob a orientação de Sérgio Burgani. Participou de diversos masterclasses, workshops e festivais com renomados clarinetistas nacionais e internacionais. Em 2009 passa a integrar o naipe de clarinetas da Banda Sinfônica do Est. De São Paulo e da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí.