Os 1,3 mil acionistas minoritários da Ripasa conseguiram firmar, no início da noite de ontem (26/04), na 1ª Instância do Tribunal de Justiça de São Paulo, um acordo extrajudicial inédito para conclusão da compra da empresa pelos grupos Suzano e Votorantim. Com isso foram encerradas a disputas judiciais que impediam as operações da fabricante de papel e celulose desde agosto do ano passado. Os grupos controladores estimam que, com a paralisação das operações da Ripasa, deixaram de ganhar mais de R$ 100 milhões em sinergias.
Na avaliação do advogado Fernando Albino, defensor dos acionistas minoritários neste caso e sócio do escritório Albino Advogados Associados, o acordo representa uma novidade nas discussões que envolvem operações de incorporação por ações. \”É a primeira vez que a Justiça revê uma decisão da Comissão de Valores Mobiliários, contrariando sua posição\”, comenta.
Pelo acerto, os acionistas minoritários receberão R$ 1,0538 por ação preferencial da Ripasa, que será transformada em um consórcio operacional. A fábrica de Limeira (SP) deve ser a primeira a fazer parte do novo modelo, no qual os donos dividirão a produção em partes iguais.