Os 261 ônibus da linha verde do transporte público de Campinas não circularam na madrugada desta segunda-feira (11). De acordo com o sindicato da categoria, o protesto dos motoristas é por causa do atraso dos salários que deveriam ter sido pagos no 5º dia útil deste mês. As regiões do Distrito de Barão Geraldo e bairro dos Amarais foram afestados.
O Sindicato das Empresas de Transporte da Região Metropolitana de Campinas (SetCamp) informou que não há expectativa para que o serviço seja normalizado. Por volta das 9h, o sindicato confirmou que apenas 21 carros dessa linha estavam operando.
A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) confirmou que alguns carros da linha verde voltaram a circular às 8h30. Os agentes de mobilidade informaram a população nos pontos do centro de Campinas sobre a paralisação e alguns veículos foram utilizados como emergência para atender a linha em greve.
Acordo com funcionários
O SetCamp afirmou que um acordo foi feito junto com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Campinas e região na última sexta-feira (8) em que ficou estabelecido que os salários seriam pagos nesta terça-feira (12).
O SetCamp declarou que foram pegos de ‘surpresa’, já que um comunicado foi passado aos funcionários. O sindicato não soube informar quantos passageiros foram prejudicados com a paralisação.
Espera de 1h
Na manhã desta segunda-feira, por volta das 7h, passageiros prejudicados pela paralisação afirmaram que esperavam os ônibus há mais de um hora. O estudante Tiago Januario Moreira disse que foi pego de surpresa. “Estou esperando desde às 6h, agora terei que pegar outra linha e chegar atrasado no trabalho”, diz Moreira.
Na Avenida Francisco Glicério, no centro de Campinas, o porteiro Roberto Luis da Silva, de 52 anos, contou que esperava uma das linhas por quase 40 minutos e também foi pego de surpresa. “Não teve nenhum aviso, a minha esposa que me falou sobre a greve. Uma menina da Emdec passou avisando que não vai ter ônibus para o bairro para as linhas 345, 346 e 366”, afirma Silva.
“Eu não tenho nenhuma alternativa para ir para o meu trabalho, já liguei para o meu inspetor e vou ficar esperando”, explicou o porteiro que usa a linha para o seu trabalho, a 345, mas o ônibus estava claramente com a numeração alterada a caneta, como mostra a foto.