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segunda-feira, junho 9, 2025

Ato no centro de São Paulo marca resistência contra a privatização da Sabesp

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A privatização da Sabesp vai impactar no bolso do trabalhador, que vai pagar mais pelo consumo da água. Mas vai ter impacto também nos preços em geral, porque os custos dos produtos acabam subindo com o aumento da conta de água para os empresários. Foto PSOL

 

 

 

Sindicatos de trabalhadores, parlamentares, prefeitos de municípios paulistas e movimentos sociais se uniram em protesto contra a privatização da Sabesp nesta terça-feira (14). O ato em frente à Bolsa de Valores, na região central, do qual participaram também a CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, marcou o início da resistência em defesa da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. A venda da empresa foi anunciada pelo governador bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“A privatização da Sabesp vai impactar no bolso do trabalhador, que vai pagar mais pelo consumo da água. Mas vai ter impacto também nos preços em geral, porque os custos dos produtos acabam subindo com o aumento da conta de água para os empresários”, afirmou o deputado estadual paulista Luiz Cláudio Marcolino (PT), que esteve entre os manifestantes.

Marcolino destacou ainda o fato de a Sabesp ser uma empresa lucrativa. “É uma estatal que dá lucro, e isso traz recursos para que o governo possa investir em políticas públicas.”

 

Lucro em 2022 foi superior a R$ 2,48 bilhões

A Sabesp é uma empresa de capital aberto que obteve lucro líquido de R$ 2,479 bilhões entre janeiro e setembro de 2022. O resultado é 42,6% maior que o de igual período do ano anterior. Mesmo sendo altamente lucrativa, o governo recém-eleito já anunciou sua venda diversas vezes. Entre elas, em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, quando disse que vender a companhia está entre suas prioridades.

A empresa atua em 375 municípios paulistas, atendendo 28,4 milhões de clientes. Além do fornecimento de água, seu sistema de coleta de esgotos atende 24,7 milhões de pessoas, 88,5% da população conectada à rede de água da companhia. O atual governador defende que os serviços serão ampliados com a empresa nas mãos da iniciativa privada. Mas os manifestantes contestam com veemência.

 

Privatização da água fracassa em outros países

“É um contrassenso essa privatização, sobretudo porque deu errado no mundo inteiro, deu errado no primeiro mundo e dará errado aqui também”, lembrou o dirigente do Banco do Brasil (BB) Diego Pereira, o Pepe. “A água é um direito sagrado da população”, frisou ainda.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado (Sintaema), José Antonio Faggian, alertou que a luta contra a privatização é da sociedade paulista. “O nosso objetivo aqui é debater com a população qual será o prejuízo que ela vai ter com a privatização da empresa. Não é uma luta só dos trabalhadores do setor de saneamento. Esse ato de hoje faz parte de uma mobilização nacional dentro desse primeiro trimestre do ano. Em março teremos a Conferência Mundial da Água, que a ONU vai promover”, disse Faggian.

 

 

Fonte CUT

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