Secretaria de Cooperação Internacional atrai o empresariado internacional para aumentar as exportações
Sinval Dorigon deixou a secretaria de Comércio, Indústria e Turismo para assumir, no dia 5 de janeiro, a pasta de Cooperação Internacional. Advogado, com experiência na área imobiliária e da construção civil, ele deu um caráter mais econômico para a secretaria: “Fui buscar na legislação e estou resgatando as origens dela. Não vamos deixar de atender o social e cultural, mas isso vem a reboque. Vamos focar mais no business”.
Dorigon também ressalta que Campinas foi a primeira cidade a ter a secretaria de Cooperação Internacional no país. Ele ressalta a importância da pasta: “Atualmente, fazemos parcerias com as Câmaras de Comércio de vários países. Já recebemos comitivas do Japão, Coréia e Portugal, entre outros”.
O secretário explica o interesse das empresas internacionais na cidade: “Como São Paulo já está saturada, Campinas passa a ser a melhor opção. Hoje importamos 70 milhões e exportamos sete milhões de reais. Queremos aumentar ao máximo as exportações para, se possível, equiparar esta balança comercial”.
Outro diferencial campineiro, segundo Dorigon, é o coletivo de inteligência, principalmente nas áreas de informação, logística e tecnologia: “Para qualificar ainda mais esta mão de obra, no próximo ano, Campinas ganhará uma Escola Técnica Federal. Nós queremos que as pessoas tenham emprego aqui. Quando assumimos a Prefeitura, o desemprego era de 11%, hoje já está em menos de 5%”.
Além disso, o aeroporto de Viracopos auxilia no escoamento dos produtos: “O aeroporto já está passando por uma expansão. Atualmente, só perde para Guarulhos em cargas diária e voltou a operar internacionalmente”. Para Dorigon, problemas estruturais da cidade também devem ser resolvidos com a ajuda das secretarias de Cooperação Internacional e de Comércio, Indústria e Turismo: “Os táxis do aeroporto, por exemplo, tinham valores abusivos, nós negociamos e conseguimos fixar em um preço mais adequado. Agora precisamos de um grande centro de exposições, para abrigarmos feiras internacionais”.
A secretaria também terá participação no Comitê Campinas 2014, que briga para a cidade ser uma das subsedes da Copa. Também fazem parte da comissão as secretarias de Esportes, de Comércio, Indústria e Turismo, Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas) e Cimcamp (Central Integrada de Monitoramento de Campinas).
Programa de Internacionalização de Empresas
Visando preparar micro e pequenas empresas para o mercado internacional, a secretaria de Cooperação Internacional organiza o Programa de Internacionalização de Empresas. A ideia é selecionar 50 empresas de Campinas e região que visam começar um projeto internacional e terão a chance de conseguir investidores estrangeiros para seus negócios. Serão oito workshops, totalmente gratuitos, até o final do ano, em parceria com a Câmara de Comércio de Tampa e a Flórida International Business School. “Não é uma palestra, é um curso mesmo. Terá certificação internacional”, diz Dorigon.
As empresas interessadas em participar do Programa de Internacionalização
devem se inscrever a partir da próxima segunda-feira, dia 14 de fevereiro. por meio do site da Secretaria de Cooperação Internacional. O site é www.campinas.sp.gov.br/governo/cooperaçãointernacional ou pelo telefone 2116-0864
Outros projetos
No próximo dia 23, às 14 horas, Campinas receberá uma comitiva empresarial da Argentina, na sede da ACIC. Haverá uma apresentação das empresas e uma rodada de negociações. De 9 a 16 de abril uma missão campineira irá para a França, visando estimular a exportação de serviços e produtos de Campinas para o país europeu. A expectativa do secretário é que a cidade tenha um crescimento de 20% nas exportações para a França.
Outras missões empresariais já estão marcadas. Em agosto uma comitiva deve ir para a Áustria e em outubro para a Feira de Canton, na China, um dos maiores eventos comerciais do mundo. Entre os dias 4 e 11 de setembro, uma comitiva irá para a Flórida. Esta levará os micro e pequeno empresários participantes do Programa de Internacionalização de Empresas, que poderão realizar as suas primeiras negociações internacionais: “O governo tem o dever de ajudar a alavancar as empresas, pois recebe como retorno os impostos, para investir em áreas sociais”.