
Manifestantes pediram a saída da presidente da República, Dilma Rousseff, em protestos na tarde deste domingo (15), na região de Campinas (SP). Os atos, que também pediam o fim da corrupção no país, reuniram muitas pessoas com faixas e cartazes em diversos municípios.
Na manhã de domingo, outra manifestação no centro de Campinas reuniu cerca de 25 mil pessoas, de acordo com a organização. Para a Polícia Militar foram cerca de 5 mil.
Em Campinas, o protesto contra o governo começou às 13h e terminou às 15h40 com o hino nacional. De acordo com a Polícia Militar, às 15h, eram cerca de 10 mil pessoas. Já os organizadores do evento estimaram 40 mil participantes, no mesmo horário. Moradores de outras cidades vizinhas a Campinas, como Hortolândia e Indaiatuba, também participaram do protesto.
Os participantes começaram a se concentrar em frente à Catedral Metropolitana de Campinas e saíram em passeata pelas ruas da cidade.
Eles passaram pelas avenidas Francisco Glicério e Moraes Salles até o Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes, no bairro Cambuí. Após alguns minutos no local, passaram pelas Rua General Osório até chegarem no ponto final na Avenida Francisco Glicério, no Largo do Rosário.
As vias que ficaram interditadas para a passagem da multidão foram sinalizadas pela Empresa Municipal de Desenvolvimento da cidade (Emdec).
O protesto foi organizado pelas redes sociais e recebeu o nome de “Manifestação por um Brasil melhor”.
Os manifestantes cantaram o hino nacional e músicas como “Que país é esse?” e “Vem pra rua”.
Nos cartazes, mensagens criticavam o preço dos combustíveis, a corrupção na Petrobras e pediam a saída de Dilma da presidência. Cerca de 12 mil faixas e cartazes foram distribuídos pela organização.
“A importância do protesto é a mobilização dos cidadãos. Para eles entenderem que a força emana do povo”, diz um dos organizadores do movimento, o estudante de direito Lucas Trevisan.
No meio da manifestação, algumas pessoas carregavam faixas pedindo intervenção militar. Trevisan disse que seriam pessoas “infiltradas” no ato, o que acaba reforçando a pluralidade do protesto.