
No dia 29 de julho é comemorado o Dia Mundial de Conservação da Natureza e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), ciente da importância do tema, elenca algumas ações e projetos considerados vitais para a meta de ampliar e qualificar as áreas verdes e espaços especialmente protegidos na cidade.
Entre eles estão a criação de duas novas Unidades de Conservação (Ucs), da categoria Refúgio de Vida Silvestre, na Mata Ribeirão Cachoeira (Joaquim Egídio) e na área do Santa Genebra/Quilombo.
Os trâmites para implantação das novas unidades estão em andamento e, em breve, será convocada uma audiência pública para debater o tema.
Segundo dados da SMMA, até 2011 Campinas contava com apenas dois espaços especialmente protegidos, a Área de Proteção Ambiental (APA) de Sousas e Joaquim Egídio), de uso sustentável; e a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Mata de Santa Genebra.
Em 2012, o Município deu um salto qualitativo neste quesito e criou a APA do Campo Grande e mais duas Unidades de Conservação de Proteção Integral – Parques Naturais Municipais do Campo Grande e dos Jatobás, ambas na região do Campo Grande.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Hildebrando Herrmann, as unidades de conservação de Uso Sustentável compatibilizam a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais, ao passo que as de Proteção Integral têm por objetivo preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais.
Ainda objetivando a ampliação de áreas verdes, até o final desta gestão está prevista a formação de macrocorredores ecológicos, com mudas oriundas do do Banco de Áreas Verdes (BAV).
Nos últimos dois anos, o BAV viabilizou o plantio de aproximadamente 30 mil mudas de espécies nativas regionais e, até o final deste ano, outras 100 mil mudas deverão ter sido plantadas na recuperação de áreas degradadas e em Áreas de Preservação Permanente (APPs).
“Nossas ações visam garantir uma governança ambiental que respeite os tratados internacionais, a exemplo da Convenção sobre Diversidade Biológica, em que o conceito biodiversidade engloba, além da diversidade genética e de espécies, também a diversidade ecológica – ecossistemas, ambientes e paisagens diferentes do planeta – e nacionais, uma vez que preservar a biodiversidade é uma imposição da Constituição Federal, bem como sedimentar um novo modelo de desenvolvimento sustentável da urbe”, diz Herrmann.
De acordo com dados do Mapeamento de Áreas Verdes e Praças, base para o Sistema de Áreas Verdes (SAV), Campinas conta atualmente com 10 parques, 11 bosques e 92 milhões de metros quadrados de áreas verdes, o que confere uma média de 86 metros quadrados por habitante.
O SAV contempla os remanescentes de vegetação nativa, as áreas de preservação permanente, as planícies de inundação, as Unidades de Conservação (UC), as praças, os parques lineares e os corredores ecológicos.
Campinas também é a segunda colocada no ranking nacional de arborização urbana, conforme divulgado em maio último pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Não podemos nos acomodar sobre esses números. Nosso desafio é expandir, distribuir proporcionalmente e qualificar os espaços verdes nas diversas regiões da cidade”, diz o secretário de Meio Ambiente.
“Embora tenha sido criada há quatro anos, a SMMA, na qualidade de órgão de assessoramento em planejamento ambiental para a Administração Pública Municipal, procura se estruturar e garantir a formação de políticas públicas e gestão com o norte socioambiental, nela inserida a agenda verde”, conclui o secretário Herrmann.




