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segunda-feira, dezembro 23, 2024

Com o fim da dolarização dos combustíveis preços devem despencar

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Uma das mais importantes promessas de campanha de Lula, a de “abrasileirar” os preços dos combustíveis, foi cumprida nesta terça-feira (16), para alegria do povo que pediu mudanças no país. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou pela manhã o fim do nefasto Preço de Paridade de Importação (PPI) – mecanismo entreguista instituído no governo Temer em 2016 e mantido por Bolsonaro – que, na prática, atrelava ao dólar o preço final pago pelos brasileiros nos postos de gasolina. O primeiro efeito da nova política da companhia é a queda imediata, conforme anunciado por Prates, do preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.

Os resultados no bolso da população serão mais do que palpáveis: o preço da gasolina nas refinarias da estatal vai cair 12,6%, a partir desta quarta-feira (17), o que corresponde a R$ 0,40 por litro. O preço do diesel também será reduzido em 12,8%, ou R$ 0,44 por litro. Já o valor do gás de cozinha, item essencial para as famílias, vai despencar ainda mais, 21,3%, o equivalente a R$ 8,97 por botijão de 13 quilos. O reajuste deve inclusive empurrar o preço do botijão para menos de R$ 100 em alguns estados.

https://twitter.com/LulaOficial/status/1658575986437267458?s=20

A Petrobras emitiu um comunicado à imprensa explicando como será a nova política de preços da companhia. Uma das premissas é preservar o consumidor brasileiro de choques externos, que podem elevar o valor da gasolina, mas sem perder de vista a formação de preços competitivos no mercado, equalizando o patamar externo ao interno.

“Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, aponta o documento.

“Essa estratégia permite a Petrobras competir de forma mais eficiente, levando em consideração a sua participação no mercado, para otimização dos seus ativos de refino, e a rentabilidade de maneira sustentável”, destaca a empresa.

“Nosso modelo vai considerar a participação da companhia e o preço competitivo em cada mercado e região, a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável, garantindo muito mais eficiência e competitividade”, explicou Prates, após o anúncio.

Promessa cumprida

A mudança, que será benéfica não apenas para o desenvolvimento estratégico da companhia, mas também para o povo, foi comemorada pelo PT. “O presidente Lula prometeu e cumpriu, está abrasileirando os preços da Petrobras”, celebrou Gleisi, em comunicado nas redes sociais.

“Com a nova política, o Brasil terá gás de cozinha, gasolina e diesel mais baratos porque o custo nacional de produção, em reais, entrará na composição do preço. Ou seja, o povo vai deixar de pagar pelos combustíveis como se fossem importados”, apontou Gleisi.

Ela lembrou dos efeitos nocivos para a economia popular gerados pelo PPI, especialmente sobre as famílias mais vulneráveis. “Em quase sete anos, o gás de cozinha aumentou 223% desde 2016. Antes custava, em média, R$ 55 ”, destacou a petista.

 

Bolsonaro, o bravateiro

Com Bolsonaro, que deixou correr frouxo a política do PPI, tanto a gasolina quanto o gás de cozinha explodiram. Enquanto o extremista de direita fazia suas bravatas, supostamente contra a política da empresa, os acionistas ganhavam alegremente do outro lado, em detrimento dos interesses da população.

“Vocês lembram que a cada uma das dezenas de aumentos dos combustíveis e botijão de gás, Bolsonaro criticava a Petrobras como se não fosse da responsabilidade dele enquanto o povo pagava mais caro pela gasolina pra remunerar o retismo?”, questionou Gleisi.

“Pois é, presidente bom é aquele que enfrenta tudo pelo povo, não um covarde que foge da raia. Lula é assim, e vai ser assim o tempo todo”, garantiu.

 

Preços competitivos

A presidenta esclareceu ainda que a companhia possui um grande parque de refino e que utiliza petróleo que ela mesma produz . “Com o fim do PPI, a Petrobras terá flexibilidade pra praticar preços mais competitivos, de olho no interesse da empresa, mas principalmente de acordo com o que é justo para o povo brasileiro”, elogiou.

“Aos críticos de plantão, nós avisamos durante a campanha eleitoral que isso seria feito e foi esse projeto que a população elegeu nas urnas”, pontuou Gleisi. “Os tempos de combustível caro pra distribuir lucros bilionários acabaram. Vamos seguir fazendo o L”, festejou.

 

“Menos inflação e comida barata”

“É menos inflação e comida mais barata na mesa do trabalhador e da trabalhadora”, celebrou Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, entidade notoriamente crítica ao PPI. “A FUP luta desde 2016 para derrubar o PPI e agora esperamos que fique tudo mais barato”, afirmou Bacelar. “Foi para isso que o Brasil fez o L”.

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