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sexta-feira, setembro 20, 2024

Demétrio Vilagra aponta como provável candidato do PT em 2012

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No início de novembro, a reportagem do Jornal Local foi à Prefeitura de Campinas entrevistar o vice-prefeito Demétrio Vilagra. Com seu jeito tranquilo, Vilagra, que também preside o Ceasa, descreveu com paixão o programa “Banco de Alimentos”. Contou sobre uma conversa particular com Lula, no qual o projeto foi elogiado pelo presidente. O vice-prefeito falou também da possibilidade de assumir a prefeitura já em 2011 e da viabilidade de sua candidatura em 2012.

Jornal Local – Qual o diferencial do “Banco de Alimentos”?

Demétrio Vilagra – O “Banco de Alimentos” evita perdas. É a melhor maneira de acabar com a fome no mundo, começou nos EUA. Você precisa ter credibilidade para receber as doações. Outro dia, uma marca de leite me mandou dez mil litros de leites pra distribuir em dez dias, eu distribui. Eles retiram das prateleiras quando está para vencer e doam para nós fazermos a distribuição.

JL – Vamos falar um pouco de eleições agora, analisar a que passou e projetar 2012.

DV – O que eu queria falar para vocês é que em 2012 entramos em ano eleitora, então, o Hélio vai trabalhar forte esses dois anos.

JL – Trabalhar forte aqui ou em Brasília?

DV – Ele tem muita coisa pra terminar aqui. Tem o TAV, a marca registrada dele, o Viracopos. Ele tem que consolidar muita coisa aqui, saneamento básico. Tem que consolidar a educação, quando ele assumiu tinha 14.000 crianças fora da escola, ele fez

15 nave-mães, com 500 crianças cada. Ele tem que consolidar a saúde, como médico ele não pode sair sem deixar a saúde funcionando, não adianta só entregar os hospitais. Ele tem que consolidar todas essas marcas dele primeiro, em 2011, pra daí alçar outros vôos em 2012. Ele não vai pra Brasília não.

JL – Qual a proposta do PT para 2012?

DV – A proposta do PT é de unidade, continuar um governo que está dando certo. O que o presidente Lula prometeu, cumpriu, veio quase dois bilhões para Campinas. É bom pra Campinas, estamos fazendo de Campinas aquela cidade que ela sempre foi.

JL – O senhor já é apontado como o nome mais forte do PT à prefeitura.

DV – O vice é um nome natural, mas o PT tem nomes fortes aqui em Campinas. O Tião, o Gerson Bittencourt e o Renato Simões foram bem votados. Dentro da academia também temos grandes nomes. Dentro do PT não vai ter briga, o PT vai indicar um nome e vamos trabalhar com esse nome. O partido não vai disputar prévias, vamos ter unidade. O status de vice acaba te colocando na frente, mas o PT vai se organizar para discutir temas importantes para a cidade e de que forma pode ajudar Campinas.

JL – Como vencer o preconceito que existe em torno do PT atualmente na cidade?

DV – Todos os projetos que vieram pra Campinas são do PT: “Minha Casa, Minha Vida”, saneamento básico, mas nós não falamos que é nosso porque é de uma parceria. O Hélio é um parceiro, fez campanha para Dilma. Parceria é isso, você não pode ganhar tudo. O PT precisa dialogar mais com a sociedade, ganhar a confiança de quem tem preconceito. Temos que mostrar pra Campinas que temos compromisso e responsabilidade com a cidade. Se o PT errou lá atrás, temos que mostrar através de trabalho, de recursos, que a gente tem compromisso com a cidade. O PT é o partido que tem maior índice de aprovação partidária em Campinas. Temos que traduzir essa preferência partidária em votos. Isso tem que se fazer através do diálogo.

JL – Quanto foi prejudicial para o PT de Campinas não ter candidatura própria na última eleição municipal?

DV – O PT continua privilegiando o Governo Federal e pra ter governabilidade tem que fazer concessões, o Hélio foi e é importante para o Lula. O Brasil hoje tem estabilidade política, econômica. Lula deu uma atenção especial à Petrobrás, que deu auto-suficiência para o Brasil, temos reserva para 30 anos. O Brasil tirou 30 milhões da pobreza. Essa é a proposta do PT, olhar para o Brasil, não para nós. É importante para gente governar Campinas? É. Mas, é mais importante governar o Brasil.

JL – O PT está preparado para governar Campinas?

DV – Super preparado. Quem preparou o caderno de metas do Dr. Hélio foi o PT, eu sou vice, estou no Ceasa. Conhecemos todos os problemas e todas qualidades de Campinas. Temos boas relações com todos secretarios, temos boas relações com a câmara.

JL – Como o PT Campinas pretende se relacionar com a presidente eleita Dilma?

DV – Quando ela veio no início do ano, eu a levei para o Viracopos e ela disse: “Puxa Demétrio, lavou a alma”. E ela tava lá embaixo. Quando teve uma reunião em Brasília com 20 prefeitos do país, o Hélio estava com dor nas costas e não foi, ela perguntou: “Cadê o Hélio?”. Eu e o Aurélio (presidente da Câmara – PDT) ligamos do hotel para ele, que tomou uma injeção e pegou um avião. Acabou coordenando a campanha na região. Então, a Dilma é muito próxima.

JL – Como vai ser a influência do Lula após sair da presidência?

DV – A reforma partidária é fundamental. A gente precisa diminuir de 37 partidos que existem hoje pra seis, criar o fundo partidário. Todos esses financiamentos de campanha que existem hoje geram suspeitas. O Lula agora, depois de sair da presidência, vai começar a agitar isso.

JL – Governo Federal, ou mesmo o Lula, tem alguma interferência na escolha do candidato petista à Prefeitura de Campinas?

DV – A gente vai ver a questão do âmbito municipal sempre com o olho em Brasília. Se a gente puder atender algum pedido da Dilma vamos atender.

JL – 2012 promete ser uma eleição bem disputada, com candidatos bem fortes.

DV – PSDB vem com Carlos Sampaio, trabalhado pelo Alckimin, Jonas Donizette vem forte, PV vem forte. A ideia é sairmos juntos com o PDT. Isso começou junto não pode terminar separado. O Jonas Donizette vai falar o que? Que pode fazer melhor que o que a gente fez? O PSDB vai falar que vai fazer melhor que a gente fez? Como pode ser oposição ao melhor? A gente vai propor a continuidade de um governo que ta dando certo. Eles vão falar que vão fazer melhor, mas eles nunca quiserem o melhor, porque sempre foram oposição a este governo que está dando certo.

Demétrio Vilagra disse à reportagem do Jornal Local que já conversou sobre sucessão municipal com os secretários do Transporte, Gerson Bittencourt e do Trabalho e Renda, Sebastião Arcanjo (Tiãozinho). Gerson foi eleito deputado estadual e Tiãozinho teve uma expressiva votação, o que os tornam fortes dentro do PT Campinas. Segundo o que o vice-prefeito confidenciou aos nossos repórteres, os dois secretários apoiam seu nome para ser o candidato do partido.

O presidente do PT Campinas Ary Fernandes garante que não há nada definido: “O Demétrio é um dos nomes fortes, mas não é o único. Até o final do primeiro semestre de 2011 temos que buscar acordo para outros nomes declinarem da candidatura em favor de apenas um”.

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