O prefeito Jonas Donizette participou da primeira reunião do Comitê da Crise Hídrica, realizada na manhã desta sexta-feira, 13 de fevereiro, na Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH), em São Paulo. Ele defendeu a Região Metropolitana de Campinas (RMC), em nome dos seus três milhões de habitantes, e saiu “contemplado com informações passadas pelo governo paulista de que o Sistema Cantareira será poupado, ao extremo, o que ajuda muito as Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), especialmente Campinas”, afirmou Jonas.
“Foi uma grande vitória, porque nós tivemos o compromisso do governador Geraldo Alckmin e do secretário de Recursos Hídricos, Benedito Braga, que garantiram que o Cantareira vai ser preservado ao máximo, e isso nos tranquiliza no sentido de que possamos ter a água do Atibaia para o abastecimento da RMC e do município”, disse Jonas Donizette.
O Sistema Cantareira, o mais afetado pela crise, é formado por águas da bacia do rio Piracicaba e, particularmente, por águas do rio Atibaia, maior manancial de abastecimento de Campinas. Jonas Donizette alertou para o abastecimento no período de estiagem, no inverno. “Hoje o rio está com volume bom de água devido às chuvas. Nossa preocupação é com a estiagem”.
Segundo o governo do Estado, mesmo que as chuvas fiquem 20% abaixo do que foi registrado no ano passado, considerado o mais seco dos últimos cem anos, as obras que estão sendo feitas são suficientes para evitar a crise. “Essas obras que o governo do Estado está fazendo justamente para poupar o Cantareira vão ajudar muito o PCJ, Campinas e região”, explicou o prefeito.
Presidente da Sanasa também participou da reunião
A primeira reunião do comitê da crise hídrica contou com a presença de prefeitos da Região Metropolitana de São Paulo, secretarias de governo, entidades não governamentais, universidades e representantes da indústria, comércio e agricultura.
O presidente da Sanasa, Alry de Lara Romêo, também estava presente. Ele considerou importante a participação de Campinas nos trabalhos do Comitê de Crise Hídrica da Grande São Paulo, “no qual o prefeito Jonas Donizette representa não só o município como toda a nossa região, que está passando por um momento delicado de escassez dos recursos hídricos”.
Romêo disse acreditar “que esta crise passará, mas para todos nós ficará a lição de um uso com parcimônia deste recurso importante para a nossa vida, que é a água”.
Na reunião, o governador anunciou que o comitê da crise vai estudar um plano de contingência do uso de água. A previsão é de que o documento será entregue em até 30 dias. O plano era uma reivindicação dos prefeitos das cidades que são abastecidas pelos sistemas Cantareira e Alto Tietê, os mais afetados pela crise.
De acordo com o governador, o documento será preparado para o pior cenário de regime de chuva a que se pode chegar neste ano. Ele afastou a possibilidade de rodízio na região metropolitana de São Paulo e disse que todos os esforços estão sendo feitos para superar a crise e o período seco.
O Comitê de Crise Hídrica foi criado pelo governador na primeira semana de fevereiro deste ano. O grupo, composto pela Região Metropolitana, deverá manter informados os prefeitos das 39 cidades da Grande São Paulo. O órgão está sob a coordenação da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos, com o objetivo de distribuir informações sobre a crise e organizar o planejamento conjunto de ações para minimizar a falta de água no Estado.