Campinas (Foto: Regina Santomauro/G1)
O nível de emprego industrial na região de Campinas em julho apresentou o pior resultado para o mês em 12 anos, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (25) pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp-Campinas). O levantamento feito pela Facamp com as 500 empresas ligadas à entidade na região de Campinas mostra resultado negativo com o fechamento de 850 postos de trabalho em julho, uma variação negativa de 0,49%.
No acumulado do ano, o índice chega a -1,08%, com o fechamento de 1950 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o resultado negativo registra variação de -2,48%, representando queda de aproximadamente 4,4 mil postos de trabalho. Os setores industriais que mais fecharam vagas em julho foram os de veículos automotores e peças, produtos têxteis e produtos químicos.
Crise
A queda do nível de emprego na indústria da região reflete a “evolução da crise”, que se acentuou a partir de maio, explica o economista José Augusto Ruas, professor da Facamp e coordenador da pesquisa.
Os indicadores econômicos confirmam o momento difícil da indústria na região. Segundo a pesquisa, a produção caiu para 19,2% dos entrevistados, ante 16,7% em junho. O número de funcionários nas empresas em julho se manteve igual ao de junho, quando foi registrado crescimento para 8,3% dos entrevistados. A utilização da capacidade instalada fica abaixo da metade em julho em 26,9% das fábricas, bem acima dos 12,5% registrados em junho.
Custos
Os custos de produção também concorrem para afetar o desempenho da indústria. Em julho, os gastos com matéria-prima aumentaram para 73,1% dos entrevistados, e com energia, água e transporte também se elevaram para 80,8% dos empresários. Em junho, o aumento com matéria-prima atingiu 52,2% das indústrias e com energia, água e transporte, 75%.
O economista da Facamp avalia que, ainda que os indicadores de julho de 2015 se mostrem menos favoráveis que os do mesmo mês de 2014, há variações positivas na produção, que aumentou em 19,2% das indústrias, ante 16,7% em junho, nas vendas, que aumentaram 23,2% em julho e 20,8% em junho, e na lucratividade, superior para 7,7% dos entrevistados em julho e para 4,2% em junho.
