A Secretaria de Saúde de Campinas informa que 37% dos profissionais de enfermagem da rede aderiram à paralisação desta quarta-feira, dia 4, nas unidades básicas e pronto atendimentos. No Hospital Municipal Dr. Mário Gatti a adesão foi de 20%.
O secretário de Saúde, Carmino Antonio de Souza, recebeu na terça-feira e na quarta-feira representantes do Sindicato dos Servidores Públicos e dos profissionais para dialogar sobre a pauta de reivindicações da categoria.
A Secretaria manteve a posição de que a redução de jornada de trabalho dos profissionais de 36 para 30 horas seria inviável na atual conjuntura. Porém, comprometeu-se a priorizar a recomposição de profissionais de enfermagem e posicionar, a cada 30 dias, sobre a viabilidade da implementação da redução de jornada, em reuniões entre a comissão de estudos e representantes da categoria.
O secretário enfatizou que a proposta não foi recusada. “A Prefeitura não está fechada com relação à implementação das 30 horas, estamos sim abertos para fazê-la da melhor forma possível. Mantemos uma comissão que vem reunindo-se periodicamente para estudar a viabilidade da implementação da redução nas unidades de saúde e hospitais.
Porém, neste momento, não seria possível fazê-lo sem causar um colapso na rede”, disse o secretário. De acordo com os estudos, para isto seria necessária a contratação de mais 500 profissionais, entre técnicos de enfermagem e enfermeiros.
Hoje, cerca de 80% das horas extras pagas pela Secretaria de Saúde são para a categoria, o que comprova a impossibilidade de redução de jornada por enquanto.
A comissão está fazendo um trabalho de monitoramento. “Assim que sentirmos que a rede está suficientemente composta, vamos colocar o projeto em prática e fazer um experimento de, pelo menos, um ano”, informou. A proposta será apresentada pelo Sindicato aos servidores no período da tarde desta quarta-feira.