Jornalista e ex-locutor de rádio e TV, Campos Filho inicia em 2013 seu quarto mandato. O primeiro foi em 2001, quando acabou eleito com 14.280 votos – a segunda maior votação daquela eleição. Quatro anos depois foi reeleito com a terceira maior votação da cidade.
Foi eleito pelos colegas para presidir a Câmara Municipal de Campinas no biênio 2013-2014.
Campos Filho nasceu em Rio Claro (SP) no dia 10 de Junho de 1953, começou no rádio aos 19 anos e mudou-se para Campinas em 1980. É casado e pai de dois filhos.
Jornal Local – Quais são os projetos para a sua administração?
Campos Filho – O objetivo principal da Mesa da Câmara que acabou de ser eleita é preparar um concurso público, como sugere o Tribunal de Contas. Nós temos hoje 25% funcionários comissionados e temso que ter os serviços terceirizados.Já estamos providenciando o procurador que vai trabalhar conosco que vai cuidar desse processo.
No âmbito político, quero dar condições de trabalho para o parlamentar, ele é fruto da democracia e tem um custo. Nós temos que aparelhar e dar condições para que o vereador trabalhe.
Precisamos resgatar a memória da Câmara. Estamos completando 215 anos. Eu estou em contato com a Unicamp para fazer esse resgate. A Câmara é o maior arquivo histórico da cidade, todos os documentos estão armazenados numa sala refrigerada para sua conservação. Essas ações darão consistência ao poder Legislativo.
Estou tentando construir uma agenda propositiva, já visitei o Ministério Público e quero um entrosamento entre os podres: Executivo, Legislativo e Judiciário. Acho que hoje há um desnível de poderes.
A partir deste ano estamos vivendo um novo tempo e quem não se adequar vai pagar um preço alto. Tudo chegou ao limite do suportável. Principalmente no campo político. Nós não podemos errar.
JL – Como será a informatização na Câmara?
CF – Precisamos implementar o sistema de compras com a transmissão de pregões pela internet. Queremos também informatizar a Casa e pôr fim ao uso do papel, evitando a burocracia dado transparência no trabalhão de cada um. A postura dessa Mesa Diretora é de que cada vereador vai assumir a sua responsabilidade. Nós vamos promover uma reforma administrativa. Na TV Câmara queremos dinamizar as imagens da transmissão das sessões, focando também o público em geral, inclusive se houver manifestação. Hoje a TV está no canal da Net, mas há o projeto para transmissão em TV aberta em HD. Pretendo criar telejornais diários. Minha intenção é ter uma Câmara para encantar as pessoas com a arte da política.
Os editais de compras serão montados em forma de pregão on line, as pessoas e as empresas poderão consultar pelo site, por exemplo, a compra de café e outros materiais. Queremos dar um modelo de gestão totalmente transparente.
Queremos implantar também a votação eletrônica, para isso é preciso preparar e formar tecnicamente os vereadores para usar do novo mecanismo.
JL – Haverá instalação do painel eletrônico?
CF – Eu acho necessário.
JL – Como está o orçamento da Câmara? Haverá cortes em sua administração?
CF – Não haverá corte no orçamento, acredito que a qualidade dos serviços é mis importantes. Já para a reforma administrativa talvez seja necessário contratar uma consultoria para saber quais as áreas são as mais carentes. A Câmara tem hoje um orçamento de R$ 102 milhões e uma folha de pagamento de R$ 55 milhões. Acho que dá para se fazer um trabalho legal.
JL – Qual é a sua relação com o Executivo?
CF – Queremos independência do governo Jonas, queremos uma gestão independente, sem submissão. O que for bom pra Campinas vou aderir, assumir e defender. Nós tivemos uma adesão à base de governo no passado, posso garantir que aprendi muito. Muitas medidas que foram tomadas ocorreram devido a participação popular e incentivados pelos veículos de comunicação. O vereador faz, o veículo de comunicação divulga e a população cobra.
JL – Qual sua relação com os vereadores, tanto os da oposição quanto da situação?
CF – São novos tempos e existe uma metamorfose. Pretendo trazer para a Câmara cada vez mais a participação cada vez mais popular, com jovens, um plenário lotado.
JL – E como fazer isso?
CF – Existe muita letargia da Câmara e esse é um desafio dessa nova administração.
JL – Há projetos no seu mandato para Sousas e Joaquim Egídio?
CF – Acho que Sousas e Joaquim Egídio tem que ser preservados, pensar no Turismo, Meio Ambiente e na formação de mão de obra.
