O mundo dos eSports continua sua marcha triunfante na conquista do público. Cada vez mais pessoas no mundo inteiro, especialmente no Brasil, são apaixonadas por essa nova e emocionante atividade de entretenimento.
eSports, a grande oportunidade do Brasil
Os eSports, se você pensar bem, são um grande equalizador. É claro que nem todos podem ter as habilidades atléticas de lendas do futebol como Pelé, Garrincha e Ronaldo. Ainda assim, todos podem se tornar campeões esportivos se tiverem paciência e perseverança para treinar arduamente, tanto técnica quanto mentalmente, justamente porque nos eSports a determinação desempenha um papel fundamental. E os brasileiros têm determinação de sobra.
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O segmento de eSports no Brasil, após um início discreto, está mostrando um avanço progressivo. É o que os dados de visualização dos eventos nos dizem. Por exemplo, a final de um dos jogos mais populares do país, a League of Legends (jogos de guerra representam o tema eSport mais popular do país), teve 336.000 espectadores no confronto entre Santos e paiN Gaming, com um alcance nas redes sociais que mais que dobrou em apenas três meses, passando de 8,3 milhões para quase 18 milhões de visualizações.
Um mercado em rápido crescimento
Uma das pesquisas mais abrangentes do setor é a Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia da PwC, que em sua 19ª edição indicou que o setor de jogos no Brasil teve um faturamento de US$ 1,5 bilhão em 2019, colocando o país em 13º lugar no mundo e em primeiro na América Latina nesse mercado, com um crescimento esperado de 5,3% ao ano.
Esses números também se aplicam à infraestrutura: os desenvolvedores brasileiros quase triplicaram em uma década, chegando a 375. Além disso, o número de espectadores no Twitch vem crescendo mês a mês, com impactos significativos na audiência e no volume de negócios de todo o setor.
Cobertura sem precedentes
Esse fenômeno de massa não escapou à atenção do mundo do marketing, pois é um público valioso difícil de ser alcançado por outros meios de comunicação. É por isso que grandes empresas como Gillette, Red Bull e Dell têm investido muito no setor, com eventos de eSports transmitidos em canais como Facebook, Twitter e SporTV.
E isso causou um aumento do interesse de empresas tradicionais como o Flamengo, que criou sua própria divisão eSports com uma equipe específica na League of Legends e uma estrutura dedicada ao treinamento. E isso não é tudo: mesmo um “profissional” como Ronaldo está investindo no setor, patrocinando equipes para (já imaginou?) a FIFA – mas também no jogo mais popular do Brasil, a League of Legends.
Os títulos e equipes de maior sucesso
Como dissemos, a LoL representa o título mais disputado no Brasil, com a Liga Brasileira de Lendas (CBLoL) representando o país nos campeonatos mundiais da especialidade. E, com o exemplo dado pelo Flamengo, estamos certos de que outras equipes esportivas começarão a se envolver nos esportes digitais.
Na segunda posição, encontramos o Free Fire. Esse jogo móvel já teve mais de 1 milhão de visualizações no YouTube durante sua final, seguido por outro clássico de eSports internacionais, o Counter-Strike: Global Offensive, no qual duas importantes equipes atuam em nível nacional, a Furia eSports e a MiBR. Finalmente, no lugar de honra, encontramos o Rainbow Six, enquanto a FIFA permanece mais atrasada nos gráficos de aprovação.
O que parece interessante é que o Brasil tem as particularidades que o tornam diferente de muitos outros mercados. Por exemplo, o DOTA 2, que no resto do mundo joga entre os melhores, no Brasil não é muito considerado.
Isso torna o país um ambiente ideal para se experimentar e lançar abordagens e jogos diferentes do resto do mundo, graças a seu ecossistema único. É por isso que várias equipes internacionais têm esquadrões baseados no Brasil, como a Team Liquid (EUA) e a Ninjas in Pyjamas (Suécia). Em resumo, um promissor e único mercado de eSports que vai crescer muito – e muito em breve.