O evento de homenagem aos familiares dos “pracinhas” promovido pela Associação dos Expedicionários de Campinas comemorou nos dias 10 e 11 de março, em Sousas, a Batalha de Monte Castello. Cerca de 40 pessoas entre familiares e amigos dos Expedicionários estiveram presentes nas festividades.
A Associação dos Expedicionários Campineiros – AexpCamp fundada em 28 de outubro de 1945, se dedicada a preservação da memória e do patrimônio histórico-cultural dos pracinhas, que combateram na II Guerra Mundial. A Batalha de Monte Castello marcou a presença da Força Expedicionária Brasileira (FEB), no conflito que se arrastou por três meses.
Na comemoração, familiares dos pracinhas; Oscar Rossin, Luiz Bertazzolli, Mauro Rossi França, Oswaldo Birochi, Orlando Iório e Fernando Andrade Junior participaram do evento, que trouxe fotos, banners, medalhas, exposição de roupas e objetos da 2ª Guerra.
A filha do Sr.Lili, assim como era conhecido, Judith Bertazolli participou ao lado da mãe Dona Lourdes Bertazolli, na homenagem prestada ao seu pai.”Foi um momento emocionante, e senti muito orgulho de meu pai ter participado dessa missão”, finaliza.
Aos 89 anos de idade, o relato de Dona Lourdes é emocionante. Ela relembra as histórias de guerra vivida por seu marido Luiz Bertazzoli, e da medalha que ele ganhou de um prisioneiro alemão. “Ele sempre me contava dos momentos que passou na Itália. Os soldados ficaram durante um ano fazendo instrução de guerra. Depois disso, eles foram colocados no navio, que os levaria para a guerra. Eles só foram perceber que estavam em outro país, quando não avistaram mais o Cristo Redentor no Rio de Janeiro”, conta.
Nas memórias do Sr. Lili, ainda fervilhavam as lembranças, mesmo com o passar dos anos.”O que mais marcou meu marido foi a perda do amigo Oscar Rossin, na Batalha de Monte Castello. Ele disse que nunca conseguiu aceitar, e viu quando o carro tanque passou com os corpos. Ele chorava muito toda vez que lembrava dos, principalmente dos tiroteios”, finaliza.
A sobrinha de Orlando Iório, Suely Iório conta que ficou orgulhosa com a homenagem ao tio. “Os banners com a foto do meu tio, e a santa encontrada por ele durante o bombardeio, que escapou com vida, foi o que mais me marcou. Até pouco tempo minha prima Maria Isabel doou a santa para a Associação dos Expedicionários de Campinas”, disse Suely.
O único pracinha que não sobreviveu aos ataques foi o Cabo Oscar Rossin. “Me senti muito feliz pela homenagem aos pracinhas, principalmente ao meu tio que morreu em combate”, disse a sobrinha Maria Aparecida Teixeira.