Os motoristas e cobradores do sistema de transporte urbano de Campinas decidiram voltar ao trabalho nesta sexta-feira, dia 18 de maio, após dois dias de greve. Dados colhidos pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC) constataram que a partir das 7h40, mais de 88,15% da frota de ônibus já estava circulando nas ruas da cidade, com 818 veículos convencionais dos 928 da frota.
Os grevistas realizaram assembleias às 4h da madrugada nas garagens das empresas concessionárias – VB, Itajaí, Campibus, Pádova, Onicamp – e optaram pelo retorno. Eles decidiram cumprir as determinações do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas, que estabelecia a circulação mínima de 70% da frota dos ônibus convencionais nos horários de pico (das 7h às 9h e das 17h às 19h) e uma frota de 50% nos demais períodos do dia.
Apesar disso, o estado de greve se mantém e os representantes do Sindicato dos Rodoviários e das empresas concessionárias do sistema voltam a se reunir nesta sexta-feira, às 16h, no TRT, para o julgamento do dissídio coletivo da categoria, quando a greve poderá ser declarada encerrada, caso haja acordo entre as partes envolvidas.
Retorno
Por volta das 5h os primeiros ônibus começaram a sair das garagens e às 6h 455 veículos convencionais já estavam nas ruas, o que representou a circulação de 49% da frota.
A partir das 6h30 a circulação chegou a 686 veículos (73,92%). Meia hora depois, às 7h, a frota circulante passou para 747 ônibus (80,49%) e atingiu um total de 818 veículos convencionais às 7h40, o que representou 88,15%.
As linhas alimentadoras (que ligam os bairros ao terminais) e as linhas tronco (que ligam os terminais ao Centro) operam normalmente desde as 5h da manhã.
Além disso, o sistema complementar do serviço alternativo, feito pelas cooperativas, estão atuando 100%, mantendo nas ruas 241 miniônibus para atender aos usuários como já vinha ocorrendo nos dias de greve. Os dois ônibus e as 25 vans do Programa de Acessibilidade Inclusiva (PAI-Serviço) continuam circulando também, a exemplo do que já vinha ocorrendo nos dois dias de greve.
Com o retorno dos veículos, não foi necessário acionar o Plano de Ação Especial em Situação de Emergência (PAESE), que esteve em ação nos dois dias de greve.