A construção do novo posto policial do distrito está emperrada devido à burocracia e interesses políticos. A planta já foi feita pela secretária de Urbanismo, mas esta só a entregará ao subprefeito de Sousas, Lucrécio Raimundo da Silva, que deve encaminhar o projeto à Polícia Militar para aprovação.
Segundo o subprefeito, no mês de fevereiro, haverá uma reunião para apresentar o projeto à população, com a presença do secretário de Cooperação de Assuntos de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto, vereadores, Conseg e alto escalão da Polícia Militar. À partir daí, a PM poderá aprovar a planta e as obras começarem. Enquanto se espera tal reunião, Sousas continua sem um policiamento fixo.
Desde o fechamento do posto policial na rua Humaitá, o Jornal Local vêm publicando, em seu site e suas edições impressas, constantes reportagens sobre o andamento da construção da nova base fixa e, assim, pressionando as autoridades para que Sousas volte a ter uma segurança efetiva.
Indefinido o destino do antigo prédio da base policial de Sousas
A Rua Humaitá ficou órfã de sua polícia no dia 14 de outubro de 2010. Após 40 anos de funcionamento, o prédio da base policial de Sousas, que operava no local, foi desativado. O local para sediar a nova base já foi definido, será construída na Avenida Antonio Carlos Couto de Barros, na Praça Carlos Seva, seguindo os mesmos moldes da que existe no Centro de Convivência, de Campinas.
Tombado pelo município em meados da primeira década do século 21, o prédio deixou de funcionar como base da Polícia Militar em virtude de problemas de infra-estrutura. O principal deles está na cobertura. “Como é um prédio muito antigo, há problemas nas telhas. Problema comum em se tratando de um prédio antigo. Ali deveria haver uma manutenção regular para saber se as telhas racharam ou ergueram. Como elas apresentam problemas e, também, por conta das chuvas, dos galhos das árvores e ventos, característicos de Sousas, a parte elétrica e o forro podem ser danificados”, explicou Daisy Ribeiro, coordenadora do Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas).
Diferentemente da nova base policial, o prédio da Rua Humaitá aguarda um desfecho. Apesar de ser tombado, não quer dizer que o imóvel não possa ser utilizado com outra finalidade. O que será feito com ele não cabe ao Condepacc, e sim, ao proprietário, o Estado. Segundo Daisy Ribeiro, o órgão da prefeitura vai cobrar do Estado a abertura das portas do imóvel, mas, somente após uma manutenção.
“Necessariamente, o tombamento não discute o uso do imóvel. Há alguns casos excepcionais de imóveis tombados, como o Teatro Castro Mendes, onde nele só pode haver a atividade de teatro. O prédio da rua Humaitá segue fechado e a nossa função é cobrar do proprietário a abertura das portas e que uma reforma drástica seja feita no local”.
No quintal do prédio, existe um pequeno dormitório que ainda serve como sede da Polícia Civil. Não é raro ver algumas viaturas estacionadas no local. “A casa atrás do prédio, no quintal, funciona como sede da Polícia Civil. Sempre tem carro lá. Tem um escritório, funcionários e atividades. Mas, quando a nova base ficar pronta, eles deverão se mudar, também”, finalizou a coordenadora.
A nova base da PM, de Sousas, deverá ficar pronta em meados de 2011. A planta da base já está pronta e terá 70 m² de dimensão. Já o prédio da Rua Humaitá fica na espera do Estado por uma definição. Há boatos de que o Conseg pode ocupar o local, futuramente. O presidente do conselho, Thomaz Alcantara Cavallaro, desconhece a informação, mas achou uma boa ideia.