Jean Paul é presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobras, no Congresso Nacional. Foto Ricardo Stuckert
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) foi indicado nesta sexta-feira (30), pelo presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para a presidência da Petrobras. Prates tem amplo conhecimento da indústria de petróleo. Integrou a antiga Petrobras Internacional (Braspetro), nos anos 1980, e participou da elaboração da Lei Petróleo, em 1997. No Senado, ele é autor de projeto de lei sobre eólicas offshore.
Jean Paul Prates sempre foi crítico da atuação do governo de Jair Bolsonaro (PL), frente à Petrobras, principalmente suas ideias de privatizar a estatal. Ele é presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobras, no Congresso Nacional.
O senador petista também é um defensor da indústria nacional e da compra de refinarias , mesmo fora do país. “Um país autossuficiente tem que expandir o mercado e comprar refinarias lá fora. Não podemos deixar que destruam a indústria nacional, os planos estratégicos de um Brasil autossuficiente. Precisamos recuperar a hegemonia da Petrobras”, declarou em maio deste ano, durante um debate promovido pelo Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Na campanha presidencial do PT, o senador participou de um grupo de especialistas que assessorou Lula em temas do setor, em especial sobre a Petrobras.
Pelo Twitter, Lula anunciou o nome de Prates como “advogado, economista e um especialista no setor de energia, para conduzir a empresa para um grande futuro”, escreveu.
Política de Preços da Petrobras
Em entrevista ao blog da jornalista Andrea Sadi, Prates disse que a política de preços dos combustíveis é ‘assunto de governo”. Hoje a estatal segue a cotação do dólar e dos preços internacionais do barril de petróleo, onerando os consumidores brasileiros. A chamada Política de Paridade Internacional (PPI), foi instituida pelo governo golpista de Michel Temer (MDB-SP), em 2016, e mantida por Bolsonaro, que também vendeu refinarias da estatal, como a da Bahia. Hoje os baianos pagam a gasolina mais cara do país, após a privatização da antiga Rlam, para um grupo árabe.
A Petrobras se ajustará às diretrizes que o governo, tanto como governo quanto como acionista majoritário, determinar. Mas certamente todos neste processo irão levar em conta a conciliação entre ter vantagem de se produzir petróleo e combustíveis no Brasil e o retorno do investimento de acionistas e parceiros”, afirmou Prates, à jornalista.
Prates também declarou que sua prioridade à frente da Petrobras é construir caminhos para a transição energética da empresa”, sem descuidar das atividades petrolíferas.
*Com informações do Valor Econômico e G1