Cansados de atrasos e circulares constantemente quebrados, usuários do transporte coletivo de Campinas demonstram insatisfação com a empresa Coletivos Pádova, em Sousas.
O usuário Gilmar Salvione, de 45 anos, reclama da linha 391. “Tudo atrasado, quando passa, passam dois seguidos. Tá feia a coisa, principalmente em Nova Sousas”, disse.
Fernanda Santana, 30, está incomodada com as linhas 391 e 300. “Nunca passa no horário, tudo sempre atrasado, nenhum presta. A empresa é uma porcaria, tem que ser trocada”, disparou.
Juliane Medeiro, 26, também aponta problemas com as mesmas linhas. “Chego toda vez atrasada no serviço, o patrão nem acredita mais, mas fazer o que né?!”, disse, revoltada.
Renata Leme de Freitas, 35, destacou a precariedade dos coletivos das linhas 390, 392 e 300. “Tudo que eles falaram mesmo, ônibus velhos, atrasados e principalmente o 300 sempre quebra”.
Questionada a respeito das irregularidades relatadas pelos moradores, a empresa alegou que atrasos ocorrem devido à reforma das avenidas Francisco Glicério e Orosimbo Maia, que há três coletivos parados e a empresa “corre” para liberar os veículos ao tráfego. Sobre a Linha 391, uma das principais alvos de reclamação, a empresa alega estar “normal”. Citou também que metade dos usuários não paga tarifa, o aumento de 60% no combustível e que não há previsão de renovação da frota.
“A empresa não está do jeito que eu gosto, mas a gente está fazendo o melhor”, disse o diretor da Pádova Hélio Bortolotto Junior. “Metade (dos usuários) não paga a passagem. Trinta e cinco por cento são dos passageiros que fazem a integração e 15% são de gratuidade federal (…) o transporte é caro para quem paga e barato para quem recebe. Em Campinas, quem tem ônibus não tem previsão de troca (…) vinte por cento do preço da passagem é por causa do aumento de 60% do combustível”, comentou o diretor da empresa.