
O recurso de audiodescrição (narração de cenas para pessoas com deficiência visual) permitiu que um grupo de 13 cegos pudesse apreciar, por meio de palavras, obras da exposição itinerante da 31ª Bienal das Artes de São Paulo, no Sesc Campinas, nesta quarta-feira, 20 de maio. A visita inclusiva foi guiada pela audiodescritora Bell Machado, da Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.
Com o tema “Como (…) coisas que não existem”, a Bienal em Campinas tem – entre cerca de 30 peças selecionadas -, pinturas, instalações, esculturas e vídeos, que puderam ser apreciados pelo grupo.
De acordo com a audiodescritora Bell Machado, as pessoas podem visualizar a obra pela imaginação, por meio das palavras. “Transformar a imagem em palavras, por meio da audiodescrição, ajuda ampliar o repertório imagético da pessoa com deficiência visual”, diz Bell.
A secretária municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida também participou da visita e afirma que a audiodescrição, ao descrever com detalhes uma cena, uma obra ou um espetáculo, também possibilita a ampliação de conceito para quem não enxerga. “Não só conceitos visuais, mas de pensamento, de vivência”, enfatiza a secretária.
A exposição no Sesc Campinas faz parte da 31ª Bienal de São Paulo, expoente das artes visuais que acontece no Pavilhão do Ibirapuera, na capital paulista, a cada dois anos, desde 1951.
Em Campinas, são 30 obras, de 15 artistas, brasileiros e estrangeiros, que destacam o poder da arte na transformação da maneira de perceber a realidade social dos dias atuais. A próxima visita guiada com audiodescrição será nesta sexta-feira, 22 de maio, às 14h30 com a audiodescritora Marília Dessordi (LAB / Unicamp).




