Neymar estreou com o Paris Saint-Germain, o fez com vitória e com a demonstração de que assumirá papéis um pouco diferentes aos que tinha em Barcelona, onde era mais exigido no drible e para dar amplitude à equipe pelos lados do campo. O brasileiro foi bem em sua estreia francesa como armador por dentro, com liberdade para se deslocar para trás, receber e bombardear a retrancada defesa do Guingamp. Deu soluções criativas a sua equipe e exerceu o papel de lider, não se podia esperar menos de um jogador que custou 222 milhões de euros (838 milhões de reais). E assinou sua boa atuação com um gol, o terceiro de sua equipe para uma vitória que coloca o PSG no pelotão de liderança do Campeonato Francês, junto com os favoritos como o Lyon, Mônaco, Olympique de Marseille e o Saint-Étienne..
Neymar acrescentou tempero. Ele se revoltou contra a rigidez dos insossos 15 minutos iniciais, que viu somente uma tentativa de Cavani que saiu por cima do gol dos donos da casa.Apareceram então algumas jogadas de efeito do brasileiro, tentativas pela diagonal e por fim,após meia hora de jogo, um cruzamento sensacional que Marquinhos cabeceou com força. A bola explodiu com estrépito na trave. Essa foi quase toda a produção do Paris Saint-Germain contra o gol rival durante o primeiro tempo. O gol que abriu o marcador veio mais por insistência do que por futebol, mais por sorte do que por mérito. Neymar voltou a atacar pelo meio e causou um incêndio no qual a zaga local jogou gasolina e que acabou com um gol contra do zagueiro Ikoko que não pôde ser defendido pelo goleiro. Entra assim para a história que na noite de estreia de Neymar no PSG e no Campeonato Francês o primeiro gol da equipe parisiense foi marcado por um jogador da base do Guingamp contra sua própria meta.
O ritmo da partida não se alterou com a mudança no marcador. O monólogo continuou e o time parisiense acalmou sua crescente dificuldade. Já tiveram uma experiência ruim em Guingamp na temporada passada quando foram derrotados em uma partida idêntica.Qualquer resquício de medo foi dissipado quando Neymar e Cavani fizeram boa jogada para o segundo gol. O brasileiro, confortável no papel de armador, deu um passe magnífico entre as linhas de defesa para deixar o uruguaio na cara do gol. Cavani lhe devolveu o favor no terceiro gol. Parece que sempre se entenderam.