NOVA REGULAMENTAÇÃO DAS DOMÉSTICAS TRARÁ MUDANÇAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Certamente, a nova lei que regulariza o trabalho das empregadas domésticas no país deve impactar também na construção civil. Isso porque com as mudanças, os projetos arquitetônicos também têm se adequar a uma nova realidade que surge, atendendo a critérios de praticidade e funcionalidade que irão fazer ainda mais parte do dia a dia dos brasileiros.
“As construtoras precisarão avaliar com cuidado a disposição dos dormitórios, por exemplo. Neste caso, talvez não se faça necessário projetar o terceiro reversível, indicado para os funcionários que dormem nos apartamentos”, diz Diana Pinto, Coordenadora de Incorporação da Cosil, incorporadora sergipana com ramificações em Recife e São Paulo.
Para Diana, incluir espaços de utilidade nos empreendimentos será também necessário e fará a diferença. “A lavanderia, vestiários para funcionários e ainda outros locais destinados a serviços serão fundamentais, pois os moradores precisarão contar com uma estrutura a mais para realizar as tarefas do lar”, explica.
O empreendimento Barra View, lançado em Recife pela incorporadora e construtora Cosil, terá previsão de ambientes nas áreas comuns destinados à futura instalação, por parte do condomínio, de gestão condominial faciliteis (lavanderia, sala de governança, sala de administração Concierge, depósitos de materiais e equipamento da governança e depósito de material de limpeza). Caso seja implantado no condomínio, os serviços pay.per.use, como lavanderia, pacotes de faxina, office boy, etc, reduzirão a necessidade da doméstica mensalista, pois bastará selecionar o serviço desejado e o Concierge cuidará de tudo para você.
Além disso, a projeção dos ambientes pode ajudar na realização de um trabalho mais rápido. “A cozinha americana é um ótimo exemplo de modernidade que consegue aliar integração com praticidade. Acaba sendo um local que ocupa menos espaço nos projetos e normalmente por ser associada à sala de estar é comum que seja mais organizada”, conta Diana.
Outro ambiente, que tem sido bastante requisitado, e está presente no empreendimento Duo Residence, em Aracaju, é o depósito privativo. Espaço localizado no pavimento da garagem, o depósito privativo é um espaço cada vez mais necessário e pode ser utilizado para guardar itens de pouca utilidade, assim o cliente potencializa a utilização dos cômodos de seu apartamento, ao invés de subutiliza-los como depósito.
Podem ser mudanças sutis, mas será importante que as construtoras considerem o novo perfil dos moradores. Em outros países, é comum que os projetos unifiquem cada vez mais os espaços, tornando os apartamentos adaptáveis a diversas necessidades. “A integração se faz cada vez mais presente na arquitetura de interiores. Os ambientes se tornam únicos e os moradores conseguem utilizar melhor cada lugar da casa”, comenta Diana.
No Brasil essa é uma tendência que já tem lugar em projetos de incorporadoras modernas, mas com a regulamentação outras alterações serão fundamentais. “Acompanhar os novos estilos de vida que surgem é imprescindível no mercado imobiliário”, afirma Diana.
Recentemente a incorporadora lançou em São Paulo o Look Villa Mascote, no bairro Vila Mascote, na zona sul da cidade. O empreendimento apresenta aos futuros moradores a opção, no primeiro pavimento, de planta acessível que atende pessoas com necessidades físicas especiais ou idosas. A alternativa não tem custo adicional para o cliente e pode oferecer barras de apoio nos banheiros, altura ideal nas pias, alguns ambientes mais largos e até o posicionamento confortável das maçanetas.
A planta acessível é uma opção diferenciada, que segue a tendência contemporânea das soluções pensadas e dedicadas integralmente aos compradores. Como a personalização ganha cada vez mais força é preciso trabalhar constantemente no aperfeiçoamento dos projetos. “São diversas necessidades específicas. Para se chegar a um denominador comum, é preciso prestar atenção na representatividade de cada uma para o coletivo dos empreendimentos”, pontua Diana.




