Empresas de saneamento, indústrias, agricultores e pecuaristas terão que reduzir, pela primeira vez na história, a capacitação de água na bacia do rio Camaducaia, na região de Campinas.
A determinação foi tomada hoje (17) pelos órgãos reguladores estadual e federal em função da baixa vazão do rio. De acordo com a medição realizada nesta manhã, apenas 1.320 l/s de água passavam pelo rio. O normal é acima de 2.000 l/s.
A restrição passa a valer da oh desta terça-feira (18) e atinge dez municípios parcialmente ou totalmente: Amparo, Holambra, Jaguariúna, Monte Alegre do Sul, Pedra Bela, Pedreira, Pinhalzinho, Santo Antônio de Posse, Serra Negra e Socorro.
Não há prazo para que a medida seja revista. Depende das chuvas, e a previsão do tempo para até o final de semana é a de que elas não ocorram, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). No mês de agosto ainda não choveu. A média histórica para o mês na região é de 30 milímetros.
Pelas regras, empresas de saneamento e pecuarista terão que reduzir a captação em 20% em rela’;cão ao autorizado pelos órgãos outorgantes. Já as indústrias e os agricultores terão que diminuir 30% a captação no manancial.
Alerta
Já a bacia do rio Jaguari está em estado de alerta desde a semana passada e também pode entrar em estado de restrição se não chover. Os dois rios estão inseridos nas bacias dos rios PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), que são as que mais sofrem com a seca.
De acordo com as regras, a restrição de água do Jaguari começa a vigorar quando a vazão atingir 2.000 l/s. Nesta segunda, a vazão está em 3.820 l/s, de acordo com a medição realizada. O normal é acima de 5.000 l/s. Nesta caso, 20 municípios serão atingidos.
Já as outras três bacias (Alto Atibaia, Baixo Atibaia e Monte Cantareira) do PCJ estão em situação normal, mas podem entrar em alerta ou até mesmo em estado de restrição se não voltar a chover.