A substituição de o delegado titular da 12ª Delegacia surpreendeu os moradores dos distritos de Sousas e Joaquim Egídio e a equipe da polícia. A troca acontece em menos de seis meses.
O delegado Caviola estava de férias, quando então foi substituído pelo Delegado Dr. Cássio Vita Biazolli, transferido do 10º DP. A posse do novo delegado aconteceu no início deste mês.
Biazolli possui graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1991). Professor Universitário desde 2001, atualmente lecionando. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Penal e Direito Processual Penal. Possui MBA Especialização em Direito do Trabalho pela FACAMP.
O delegado passou pelo 7º Distrito Policial no distrito de Barão Geraldo quando os funcionários fizeram interrupções no atendimento ao público para reivindicar adequação ao quadro de funcionários e melhorias nas condições de trabalho.
Um dos desafios de Biazolli no 7º DP foi a equipe de apenas sete policiais, sendo que dois deles eram investigadores. “Com uma equipe reduzida é impossível cumprir os prazos legais de investigação de 30 dias para crimes comuns e três meses para solucionar casos que envolvem drogas”, comenta.
Aqui em Sousas, o delegado também vai encontrar as mesmas dificuldades, pois a equipe é reduzida com apenas uma escrivã, quatro investigadores, sendo que um, atende os boletins de ocorrências, o que não é prática comum nas delegacias.
De acordo com a Polícia Civil a mudança de delegados é salutar para o trabalho da Polícia Civil, e a troca constante de chefias se constitui em verdadeira escola para os delegados que expandem seu conhecimento e aumentam sua rede de contatos no estado.
Mas para o presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Região de Campinas (Sinpol), Aparecido Lima de Carvalho, a troca constante e a falta de funcionários públicos nas delegacias prejudica o atendimento. “A crise é estrutural, a defasagem acontece em todas as unidades. Não adianta remover funcionários, pois apesar de atender um lado, desfalcar o outro”, explica.
No início do mês, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) fiscalizou várias delegacias, de 14 cidades da região abrangida pela entidade sindical, constatando a precariedade dos prédios e, a falta de condições de trabalho.