As 20 cidades que compõem a Região Metropolitana de Campinas (RMC) serão representadas por 140 candidatos a deputado estadual e federal nas eleições do dia 5 de outubro. Cento e um candidatos a uma vaga na Assembleia Legislativa e 39 na Câmara dos Deputados irão disputar o voto dos 2.125.725 eleitores da região aptos a comparecer às urnas, segundo o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).
Depois de registrar queda nas eleições de 2010, o número de candidatos com domícílio eleitoral nos municípios da RMC voltou a crescer e teve expansão de 14,7%. Em 2010 foram registrados 122 candidatos na região e, há oito anos, 176 postulantes disputaram o pleito. O levantamento foi realizado junto aos partidos políticos e no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o número pode sofrer alterações no caso de desistências ou candidatos barrados pela Justiça Eleitoral.
A maioria dos candidatos é de Campinas, totalizando 62 entre postulantes a deputado estadual e federal. A seguir, estão Americana, com 16, e Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré, com nove cada. Entre os partidos, os petistas e os peemedebistas são os que mais lançaram candidatos a deputado nesta eleição na RMC.
O PT tem 15 nomes entre candidatos a estadual e federal. Uma ala do partido defendeu que, quanto maior o número de concorrentes, maior número de votos a legenda terá. Mas houve uma peneira no partido, pelo menos em Campinas, o que acabou causando melindres entre os que tinham a intenção de entrar na disputa, como no caso de Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, para federal, e do vereador Carlinhos Camelô, para estadual. Os dois alegaram que suas candidaturas foram boicotadas devido a supostas pendências financeiras. Na época, o presidente do PT, Casemiro Reis, afirmou que os dois poderiam ter colocado seus nomes, mas que desistiram da disputa.
No PMDB, serão 13 candidatos este ano na RMC. O partido trabalha no fortalecimento da legenda na região. Na maior cidade, Campinas, a sigla chegou a perder sua bancada na Câmara no ano passado, quando os parlamentares decidiram trocar de partido por conflitos internos. Por outro lado, o PSDB optou por lançar somente seis candidatos na região, sendo quatro a estadual e dois para federal.
Para tentar se sobressair nas urnas, os partidos recém-criados adotaram estratégias. É o caso do PROS, por exemplo. Na região, o partido tem apenas um candidato a federal, Salvador Zimbaldi, que preside a legenda no Estado. O partido está coligado à disputa para federal com PMDB, PP e PSD, e a estimativa é a de que faça apenas um nome neste núcleo. Na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa, a legenda optou por sair sozinha com chapa completa. O PCdoB também decidiu apostar em algumas candidaturas à Câmara dos Deputados, como na de Orlando Silva, Protógenes Queiroz e Netinho de Paula. Na estadual, a legenda soma seis nomes na região.