O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que vai antecipar a sessão conjunta da Câmara e do Senado, marcada para amanhã (24) à tarde e destinada à apreciação de vetos e da nova meta fiscal, para 11h desta terça-feira. De acordo com ele, a aprovação da meta “não é interesse do governo, é interesse nacional”.
Por causa da sessão conjunta, a reunião processante do impeachment, que estava marcada para esta terça-feira também às 11h foi adiada para quarta-feira no mesmo horário.
“O Congresso vai tratar o novo governo do mesmo jeito que tratou o anterior, aprovando matérias que interessam ao Brasil. A ninguém interessa colocar esse governo na ilegalidade”, disse Renan Calheiros, logo após receber o projeto de lei que altera o déficit previsto para este ano das mãos do presidente da República interino, Michel Temer.
Renan comentou também a disposição anunciada por parlamentares petistas e aliados do governo afastado de obstruir a sessão de amanhã e não permitirem que a votação dos vetos e da nova meta ocorra. “Obstrução é regimental, parar a sessão não. Vamos chegar ao final da sessão com a meta votada”, afirmou.
Os parlamentares da oposição fizeram diversos discursos anunciando que devem trabalhar contra a votação da nova meta fiscal amanhã. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil no governo Dilma Rousseff, afirmou que o Congresso não está pronto para analisar a nova meta.
“Em menos de 24 horas úteis vamos receber uma meta totalmente diferente e isso vai para votação do Congresso Nacional. Não devemos permitir que isso seja votado amanhã, principalmente porque estamos com uma crise no Ministério do Planejamento, que é condutor desse processo”, disse.