A Justiça de Campinas condenou na terça-feira (1) a ex-primeira dama Rosely Nassim Jorge Santos a 20 anos de reclusão pelos crimes de corrupção, formação de quadrilha e fraudes em processos licitatórios no caso Sanasa, o principal escândalo de corrupção da história da cidade, deflagrado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), braço do MPE (Ministério Público Estadual) em 2011.
O ex-prefeito Demétrio Vilagra (PT) também foi condenado por formação de quadrilha e corrupção. A pena do petista é de 13 anos de reclusão. A decisão é do juiz Nelson Augusto Bernardes, da 3ª Vara Cível. Os condenados poderão recorrer em liberdade.
A pena da ex-primeira dama é menor que a pedida pelo MPE. O órgão fiscalizador havia sugerido a prisão de Rosely por 450 anos.
Delator do caso, o ex-presidente da Sanasa, Luiz Augusto de Aquino, foi condenado a quase seis anos de prisão.
No total, o esquema, que envolveu secretários e culminou na cassação do mandato do ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), resultou no indiciamento de 22 réus. A acusação aponta que Rosely cobrava até 15% dos valores dos contratos firmados entre empresas e administração para “escolher” a vencedora de licitações.